quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Desejos muito específicos para 2009 (Até agora)

- Desejo que o conflito no Oriente Médio termine de vez.
- Que o vinho branco faça tanto bem como o vinho tinto.
- Que seja provado que comer chocolate não engorde.
- Que a Isabel encontre um homem ideal (o mesmo vale para a Ester, Luísa, Xica, Anita, Carla, Lilian, Patrícia, Márcia, etc...)
- Que a taxa da euribor continue a descer.
- Que eu emagreça, no mínimo, 5 kilos.
- Que seja descoberta a cura para HIV e Cancro.
- Que eu viaje, no mínimo, para 5 países diferentes.
- Que eu viaje para um país distante (o Brasil não conta)
- Que eu viaje ao Brasil.
- Que eu mantenha todos os meus amigos.
- Que eu fale mais com a Myrian.
- Que eu veja menos televisão.
- Que os meus seriados favoritos não terminem.
- Que o Obama seja um bom presidente.
- Que Portugal avance como país.
- Que o Brasil avance como nação.
- Que a Sujes fique 100% curada. (o mesmo vale para a nermac)
- Que a natureza seja deixada em paz.
- Que o homem pare de poluir.
- Enfim, que o homem tome juízo.

É pedir muito?

 

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Saudade à Porter



Quando conhecemos uma pessoa, involuntariamente ela nos entrega uma pequena e invisível semente que no futuro, se tudo correr bem, crescerá e tomará a forma de uma planta chamada saudade. Isso acontecendo, já não há mais volta a dar, felizmente.
Essa planta chamada saudade é o que faz com que carreguemos connosco uma cópia quase fiel da pessoa original. Algumas vezes a retocamos, adulteramos, mas isso não chega a ser grave.
Quando reencontramos essa pessoa, é quase uma confirmação para saber se a nossa planta está actualizada. É isso que vou fazer ao Brasil de vez em quando. É isso que farei quando voltar à Europa.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Meu primeiro Desfile verdadeiro



Ontem eu assistí ao meu primeiro desfile de moda. Foi um desfile em prol da APAV. Tudo muito giro. O coquetel de entrada estava óptimo e cheio de coisas boas para comer e bebericar. Felizmente o evento atrasou um pouco a começar, assim tivemos mais tempo para convívio e comilança. A sala do desfile estava profissionalíssima! Muitos fotógrafos, canais de televisão, a passarela, pessoas bonitas na platéia, festa estranha com gente esquisita... Quando começa o desfile, aquela emoção. Senti-me a própria Heidi Klum, do Project Runway. Poderia ter citado o outro, que é mais "adequado", mas não lembro o nome dele! De qualquer maneira, a Heide Klum é mais gira. E ela é a única que tem deixa no programa: "One day you are IN, the other you are OUT". Voltando ao desfile, as roupas masculinas eram muito giras (sou suspeito) e as femininas também (também sou suspeito). E a música estava boa. Ou seja, valeu! Ir a desfiles de moda é, definitivamente, um programa de lazer válido!

A Fútil e o Inútil


Estava a conversar com uma amiga minha sobre viagens no tempo. Disse à ela que era um pensamento recorrente que eu tenho, quando não tenho nada mais importante para pensa (essa é boa!). Imagino-me viajando no tempo até o Egipto antigo, ou à Grécia, ou Roma, ou Londres Medieval, ou à pré-história. Normalmente fico frustradíssimo com estas minhas pseudo-incursões no passado. Isto porque é de se esperar que alguém que venha do futuro tenha profundos conhecimentos em tudo que foi inventado, que poderia trazer ao passado vários inventos que já são utilizados no futuro. Pois bem. Eu, o inútil, não poderia inventar nada. Por que simplesmente não sei. Eletricidade, luz, telefonia, penicilina, rádio... nada! Nem um chuveiro sequer. Nem um autoclismo! Cheguei a conclusão que só poderia inventar a mini-saia, o biquíni, a sunga, o top-less, óculos de mergulho e coisas assim...inúteis. Já a minha amiga nem sequer queria saber de viajar no tempo. Ela heín? Viver sem sabonete, papel higiénico, creme hidratante, shopping centers..nem pensar! Super fútil.
Não, o passado definitivamente não precisa de nós.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Yes You Can

Quero acreditar no início de uma nova era. Acreditar que um homem, um único homem, pode ser esperança para milhões de pessoas por todo o planeta. Quero poder ver todas as culturas e religiões neste homem, e vê-lo respeitar as diferenças deste mundo. Quero ver o milagre da uma jornada, de séculos de história, na cor de sua pele. Quero que chegue o início, e que seja bom.
Quero acreditar que este homem será a esperança para aqueles que ele não conduzirá.
Quero acreditar que eu esteja errado em tudo que eu não consigo acreditar, e que me seja provado o contrário. Quero estar certo e errado para o mesmo objectivo. Não importa. Perdendo ou ganhando, agora é a hora de todos começarem a corrida.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

In Bruges



Hoje fui ver "In Bruges". Fui vê-lo porque, desde que ouvi falar dele, o facto de ter sido rodado em Bruges me pareceu uma boa razão para fazê-lo. Bruges, como diz o filme, é uma cidade que parece um conto de fadas, literalmente. Além de Bruges, o filme tem Colin Farrel, outra boa razão para assistí-lo. E francamente, ele está fantástico! Agora sobre o filme. Bem, o filme...parece um livro. Estranho, mas é isso que me vem à cabeça. O filme dá-nos tempo de digerir cada cena, cada diálogo. Aliás, os diálogos do filme são brilhantes. Inteligente, irônico, bem-humorado, inesperado. É assim cada diálogo. A história não é nada de especial, mas é uma boa história. E o filme surpreende desde muito cedo,tantas as reviravoltas que tem, deixando-nos muitas vezes sem reacção, ou sem sabermos como reagir.

Um filme para ser bom não tem de ser maravilhoso. Mas este é maravilhoso só por ser bom.

By the way, o filme no Brasil chama-se "Na Mira do Chefe". (Mal, muito mal!)

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Dúvidas não tão cruéis


Nos últimos dias tenho estado excepcionalmente satisfeito comigo mesmo. Aliás, retiro o excepcionalmente. Este ano estive mais satisfeito do que normalmente fico.
Não fiquei angustiado com as minhas constantes indecisões. Não fiquei chateado por não poder seguir dez caminhos diferentes ao mesmo tempo. Não senti nenhum vazio por não viajar para lugares onde nunca estive, ou por não estar a viver em outro país.

Gosto do que faço, entretanto não faço o que gostaria de fazer, mesmo sem saber ainda o que gostaria de fazer. E "tá-se" bem.

Na verdade este ano eu abracei todas as minhas decisões feitas até este exato momento. Mesmo as erradas, mesmo as que me arrependi. Enquanto não criarem a máquina do tempo, não vale a pena ficar esquentando com o que passou. As minhas escolhas foram as únicas que podia ter feito "naquele" momento. Quando uma decisão é feita, não há mais volta a dar. Mas há remédio para tudo, até para decisões erradas.

Também aprendi que a amizade é como a coleção de ímanes de geladeira/frigorífico, pelo menos a minha. Há alguns ímanes que desgastam com o tempo. Ou perdem a cor, ou simplesmente caem e quebram. Alguns vão para o lixo. Outros eu gosto tanto que, mesmo sem os ver, os guardo. Há alguns que nunca perdem nem a cor e nem a força, e estes são os que me deixam mais felizes quando os vejo.

Não fico mais triste por perder uma amizade. Pois amizade não se perde. Algumas amizades que perdem a data de validade. Não há sobre vida que valha a pena.
Mas há as amizades que não se definem no tempo. Mesmo à distância, ou diariamente, são instantâneas. Com certa frequência ou quase nunca, elas são. A amizade é poligâmica, é assexuada, e no entanto tem um certo caril de sexo. Amizade que se preste é fado e Carnaval.

E antes eu me preocupava por não saber exatamente o que era o amor. Hoje eu sei que o amor não é exato. O dicionário diz "inclinação da alma e do coração". Pois, que seja. O amor é cheiro, levemente identificável. Não tem fórmula. A gente suspeita de sua existência. Às vezes ele é como um piano que cai em nossa cabeça, outras é como as fases da lua. Às vezes temos certezas absolutas, às vezes dúvidas vorazes, mas não deixa de ser amor

Mas porque eu escrevi isso tudo? Só para dizer que não tenho escrito porque não tenho estado angustiado, e sem angústia parece que escrevo menos. Bolas!

Ser Independente - Parte I

"O livro traz a dupla delícia de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado".
Anônimo

"Que delícia é ler um bom livro, acompanhado de uma taça de vinho e um sofá, nos dias de frio, e de uma esplanada, nos dias de sol."
Não Anônimo

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Expecta-tenta-tivas


Não escrevo há dias. Só tenho colocado uma frase ou outra. O oco da imaginação, o vazio da criação...whatever. A verdade é que as minhas expectativas subiram. Quero escrever mais e melhor, e a conta disso já tenho uns 6 textos começados , mas pela metade. Quero escrever melhor do que eu escrevo, sem saber como escrevo. Parece-me um pouco impossível isso. De qualquer maneira, que se lixem as expectativas. Até agora não tem me ajudado em nada. Até logo e beijos

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Pensamento do dia

"Quando se quer bem a uma pessoa a presença dela conforta. Só a
presença: não é necessário mais nada".

Graciliano Ramos, escritor, 1892-1953

 

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Neruda

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música,
quem não acha graça de si mesmo".

Pablo Neruda, poeta, diplomata, 1904-1973

 

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Pra te Lembrar


Pra te lembrar

Composição: Nei Lisboa

O quê que eu vou fazer pra te esquecer
Sempre que já nem me lembro
Lembras pra mim
Cada sonho teu me abraça ao acordar
Como um anjo lindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus pode apagar.
O quê que eu vou fazer pra te deixar
Sempre que eu apresso o passo
Passas por mim
E um silêncio teu me pede pra voltar
Ao te ver seguindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus pode apagar.
O quê que eu vou fazer pra te lembrar
Como tantos que eu conheço
E esqueço de amar
Em que espelho teu
Sou eu que vou estar
A te ver sorrindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus pode apagar.


Nei Lisboa é um grande cantor e compositor de Porto Alegre. Essa linda música foi regravada pelo Caetano Veloso e fez parte do filme "Meu Tio matou um cara". Pode ouvir todos os albums dele e inclusive baixar um album inteiro no site oficial http://www.neilisboa.com.br/

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A Ironia do Amor


"Enquanto a vida vai e vem
Você procura achar alguém
Que um dia possa lhe dizer
-Quero ficar só com você
Quem inventou o amor?"

música: Antes das Seis - Legião Urbana

Eu me emociono quando vejo um filme de amor, e saio da sala de cinema quase flutuando se o filme tem um final feliz. Mesmo em um filme de amor com final trágico saio com o coração lavado. Também adoro uma história de amor. Sempre que algum amigo começa um relacionamento novo, é aquela empolgação. Quero saber tudo. Como se conheceram, quem começou a conversa, quem pagou a conta, quem voltou a telefonar primeiro, a frequência de encontros, a primeira vez que foram para a cama, se foi bom...sim, eu quero saber mesmo tudo! Depois do "frisson" inicial, que é sempre bom, vem a calmaria e a assassina da rotina. E é aí que pode tudo ir para o torto ou... se tornar um verdadeiro relacionamento. Se tudo continuar bem, apesar da calmaria e da rotina, bingo! Acertaram em cheio e cada um conseguiu encontrar a pessoa que amam e que aguentam incondicionalmente. Se não deu certo, é sempre aquele filme. Tristeza...desespero,ciúmes...desespero,depressão...desespero. Até que cansamos , nos recompomos, e conhecemos uma nova pessoa e o ciclo reinicia, com aquela empolgação de antes, ou até maior.

Pequena lição deste parágrafo: Depois de uma relação, não é o fim do mundo. Pois depois de um grande amor, há sempre um novo grande amor. E sem comparação. Não se pode comparar o que fomos com o que somos, e todas as variáveis inclusas.

Mas eu me pergunto: Por que não podemos ser solteiros e felizes? Por que temos a pressão da sociedade, e mesmo nossa, de arranjar alguém, de ter alguém, de partilhar alguém com alguém?

O pior é que o que leva muita gente a ficar sozinho hoje em dia é o medo de ficar sozinho. O desespero de não ter alguém leva as pessoas a aceitarem qualquer um só para poderem estar com alguém. Inventam um amor perfeito onde só existem falhas e desconfianças, e chegam a preferir, conscientemente ou não, um amor coxo a viverem sozinhas. Mas é claro que a situação em algum momento fica insuportável, e tudo termina. E no final, quem queria tanto não estar sozinho, sozinho ficou novamente. E depois se pergunta porque é que não consegue ter ninguém...tisc, tisc.

A verdade é que existe uma única maneira de encontrar alguém em que o amor seja uma via de mão dupla. É aprendermos a amar a nós mesmos. Mesmo sozinhos, mesmo cheio de defeitos, aceitarmo-nos como somos e nos amarmos como somos. Suportarmo-nos! Suportar estar-se sozinho consigo mesmo não é fácil, entretanto quando conseguido, é extremamente satisfatório! Não haverá desespero em encontrar alguém com quem partilhar a vida, porque bastaremos para ela e a estaremos partilhando, queiramos ou não. É que estar solteiro não é a mesma coisa que estar sozinho ou solitário. É estranho, mas as pessoas preferem estar mais com pessoas confiantes. Juro! Aliás, com certeza conhecemos muitas pessoas que não estão solteiras, mas que no entanto não poderiam estar mais solitárias, certo? Pelamordedeus, sejamos capazes de ser felizes sozinhos.

Mas eu não estou aqui defendendo que todos vivam sozinhos, sem romance e deixando a sua alma gêmea a ver navios. Muito pelo contrário! Só estou a dizer que o amor é lindo, e estar solteiro idem. Porque aí que está a feliz ironia do amor. Exatamente quando estamos felizes no nosso canto é que todos começam a ver uma chama especial na gente, como se fossemos um farol a atrair a atenção de quem nos rodeia. Começam a nos achar pessoas interessantes, independentes, e quando menos esperamos, aparece alguém ansioso por querer conhecer a pessoa tão inteira que tivemos capacidade de nos tornar.

Pois. Quando estamos satisfeitos com o que somos há uma luz que brilha que só quem se encaixa nos nossos sonhos consegue perceber. E sem querer piscamos o olho de volta. :)

Voltei


Estive dormindo profundamente no sofá da minha sala, das 22 horas às 8 da manha, por uma semana inteira, com a televisão ligada. E adorei! mas como tudo tem um fim...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Carta de Stuart para sua Mãe

"Mãe, você me pergunta se eu acredito em Deus? Eu te pergunto que Deus? Tem sido minha missão te mostrar Deus no Homem, pois, somente no homem ele pode existir. Não há homem pobre ou insignificante que pareça ser, que não tenha uma missão. Todo homem por si só influencia a natureza do seu futuro. Através de nossas vidas nós criamos ações que resultam na multiplicação de reações. Esse poder que todos nós possuímos, esse poder me mudar o curso da história, é o poder de Deus. Confrontado com essa responsabilidade divina, eu me curvo diante do Deus dentro de mim." Stuart Edgard Angel Jones

Encontrei este maravilhoso texto sem querer. E sem querer vim a saber a história de Zuzu Angel, a mãe de Stuart. Fiquei muito impressionado. É uma história de uma mulher forte e de muita coragem, que em nome do amor pelo filho enfrentou a ditadura brasileira. (http://www.bolsademulher.com/estilo/materia/zuzu_o_anjo/1631/1)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

de onde vem a força?

Há momentos que tudo se move ao mesmo tempo
tudo cai, tudo derrama, tudo muda de lugar
e não estamos atentos, quanto mais preparados
para o movimento da crosta terrestre.
Não há como salvar o mundo
nem com a minha ajuda,
nem com a sua.
Os pratos quebram, o leite derrama
as paredes somem
o coração espreme-se em lágrimas.
E nós ficamos ali, inertes, por pura incapacidade,
a carregar a dor a tiracolo.
Fechamos os olhos na espera que o monstro desapareça
mas não resulta
Adormecemos na esperança de um novo dia
mas o dia amanhece no mesmo indesejado gris
Tentamos até jogar tudo para o alto,
mas a gravidade e sua força nunca nos salvam nestes casos.
Repito, nunca.
Mas eu estou firme mesmo sem paredes
E embora afogado, ainda respiro. E muito.

Pois sobrevivemos apesar de correnteza contrária
apesar da força excessiva que fizemos para remar,
sobrevivemos sempre.
E há uma força estranha em somente sobreviver
por mais desfigurados que tenhamos ficado.
Queiramos ou não, o sol aparecerá em brilho novo
e voltaremos a enxergar com mais verdade.
Mas não nos enganemos com o mundo de amanhã.
Mesmo em tudo que nos é inédito há a memória daquilo que outrora amamos
E é daí que vem a força
Sem qualquer motivo aparente
há uma força que sempre vem.
Uma força em você que faz tudo mudar
que sempre tentará colocar tudo de volta no lugar, mesmo sem encaixar.

Mesmo quando não houver mais paredes, nem chão ou céu
Incompreensivelmente é a tristeza que nos fará felizes
Pois ela será o testemunho da felicidade que vivemos juntos.

(para "you know who you are")

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Porque te vas :)

Quem acompanha o canal Foxlife, já viu o spot da 4ª temporada de Grey's Anatomy, e certamente ficou curioso sobre a música que lá toca. Pelo menos eu fiquei! E a música é muito pitufa! Aqui está então:




Aqui vai a letra:

Porque te vas (Jeanette)

Hoy en mi ventana brilla el sol
y el corazon
se pone triste contemplando la ciudad
porque te vas.

Como cada noche desperte
pensando en ti
y en mi reloj todas las horas vi pasar
porque te vas.

Todas las promesas de mi amor se iran contigo.
me olvidaras
me olvidaras.
Junto a la estacion hoy Ilorare igual que un nino
porque te vas (x4)

Bajo la penumbra de un farol
se dormiran
todas las cosas que quedaron por decir
se dormiran.

Junto a las manillas de un reloj
esperaran
todas las horas que quedaron por vivir
esperaran

E o spot propriamente dito:

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Amores Possíveis

Num destes dias, ao conversar com uma amiga sobre os amores que tivemos, deixei sair o seguinte comentário: "Como é bom ter um modelo de amor ideal, não é?". Explico-me. Tanto eu quanto ela já tivemos alguém que foi o chinelo perfeito para o nosso pé torto, ou em outras palavras, tivemos alguém que nos completava. Ela me dizia que esse seu alguém acabava por ser o modelo, a forma, para todos os homens que ela viria a conhecer depois.

Embora eu tenha sentido uma ponta de alegria por nós dois termos tido a sorte de termos encontrado a nossa alma gêmea, mesmo que temporariamente, e por isso o meu ingênuo comentário, não deixa de ser verdade o que ela veio a me dizer logo a seguir. "É bom, mas também é horrível porque sempre iremos comparar os nossos futuros candidatos com o tal, e nunca nenhum será como ele". Verdade verdadeira! Perante isso só pude concordar e calar-me. Ela estava certíssima.

Um amor, mesmo o mais belo e ideal, não vem com uma promessa de longevidade. Ele irá ser o amor perfeito enquanto durar, e mais nada. Claro que essa fulgacidade não invalida a sua perfeição. Foi lindo, divinho e maravilhoso enquanto durou. Doeu depois, é claro. Sofremos, óbviamente. Mas este amor deixou encrustrada uma estrelinha dourada em nosso coração, um tipo de recompensa pelo amor que vivemos. E essa estrelinha ninguém nos tira, nem cirurgicamente.

Mas um amor que passou nada mais é do que um amor que passou. E nenhum amor será igual. Nenhuma pessoa será a repetição daquela, e muito menos encaixará na forma que criamos. Ou nos habituamos com essa verdade, ou passaremos a vida sozinhos a procura de alguém que caiba nos nossos sonhos, correndo o risco de não estarmos atentos às mudanças do nosso próprio coração e das nossas próprias expectativas.

Ou aceitamos que a vida é feita de vários amores possíveis, e há sempre lugar para novas formas de amar no nosso coração, ou corremos o risco da ignorância afetiva. Um amor possível às vezes nem encaixa à primeira, mas não esqueçamos que o nosso coração não tem osso, é só músculo. E como músculo que é, pode ser levemente moldável.

Por isso o bom mesmo é deixarmos os amores passados num baú, para quando precisarmos, irmos lá ver fotos, sentir cheiros, amar sensações, estarmos gratos... E mais nada. De resto, é darmos adeus ao que passou e estarmos abertos para o que nos passa pela frente, o que nos acena, pois caso contrário correremos o risco de não deixarmos ninguém
com potencial para caber nos nossos sonhos entrar no nosso mundo, e por cegueira, nada mais.

Sejamos disponíveis. Sejamos libertos. Sejamos capazes de amar agora e sempre. Aprendamos a dizer adeus para poder dize Olá.

sábado, 13 de setembro de 2008

Sei lá, um bom comercial

Aqui está o comercial da cerveja SuperBock. Linda música (The Story - Brandi Carlile), imagens que vão bem com a música, boa montagem, poesia nas imagens... O comercial fez a música tornar-se um sucesso nas rádios, e eu ficava pensando "Tenho que conseguir esta música". Mal eu sabia que já tinha esta música em cd desde Dezembro passado, no disco da terceira temporada de Grey's Anatomy.



E para provar como, às vezes, menos é mais, aqui vai a versão "director's cut", a versão completa do diretor. Perde muito da outra versão. Diria que é até é bem chata, pois, estranhamente, perde a poesia da versão resumida.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Terça Insana


Completa falta de assunto. Na verdade nem me apetece ter o que dizer. Tudo que eu começo a pensar se perde, e mesmo que eu fique quietinho, acredite no meu instinto, e junte um pensamento com o seguinte, na esperança que haja ali alguma idéia completa perdida, há uma barreira qualquer que impede o que eu penso de fazer sentido. Vês? Insanidade Total.

Então fui em busca de inspiração, e nada melhor do que bisbilhotar o blog da Martha Medeiros. Ele já tem link no meu blog, ali ao lado, é só espreitar. E é óptimo saber a opinião de uma pessoa que admiramos sem sequer conhecê-la. Há alguns anos atrás ela ainda trocou uns e-mails comigo. Não deu em nada, mas também não era para dar. Por um lado é bom saber que ela, ao escrever para todos, também escreve para mim.

Ok, há quem ache que ela não seja isso tudo, mas quem disse que ela precisa ser isso tudo? Ela me faz sorrir, e isso basta. Ela sabe dizer direitinho o que gostaríamos que alguém, qualquer um, dissesse. E não é fácil ser tão clara assim.

Agora, neste post, estou a imitá-la. Primeiro, porque encontrei um post dela em que ela não tinha o que dizer (bingo!), e segundo, porque ela citou um trecho de uma carta da Clarice Lispector que replico aqui. Ok, é cópia. Mas plágio não é. Mesmo porque uma vez eu já enviei um trecho deste trecho para amigos meus. E muito antes do post dela. Assim, transcrevo o que a Martha transcreveu, do livro "Correspondências". E viva ao facto de nós dois termos a Clarice em comum!

"Não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma. Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso - nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro"

"É somente até certo ponto que a gente pode desistir de si própria e se dar aos outros e às circunstâncias. Depois que uma pessoa perde o respeito de si mesma e o respeito de suas próprias necessidades - depois disso fica-se um pouco um trapo."

"Respeite a você mais do que aos outros, respeite suas exigências, respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que você imagina que seja ruim em você - pelo amor de Deus, não queira fazer de você uma pessoa perfeita".

"Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo aquilo que sua vida exige."

6 de janeiro de 1948

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Liberdade de se Mascarar


Tenho uma confissão a fazer. Eu adoro aqueles filmezinhos que são feitos para que, ao assistí-los, a gente não queime nenhum neurônio. Nem precisamos pensar qual a razão de cada fala ou de cada imagem. Nestes filmes as coisas são como são e pronto.

Estes dias eu vi um filme destes, com a Drew Barrimore, chamado "NEVER BEEN KISSED". O filme na verdade é bem idiotinha, mas como disse, estes tipos de filmes tem algo que me atraem. A história é sobre uma repórter alienada, mas extremamente romântica, que se vê obrigada a voltar para a escola, fingindo ser adolescente novamente. Claro que os traumas que ela teve na escola voltam todos. Ela volta a ser da turma dos nerds e tão trapalhona quanto antes. Mas depois ela consegue transpor a barreira e ser aceite pelos populares da escola e tornar-se, ela mesma, popular.

Mas houve uma cena do filme que quebrou a regra. Ou seja, fez-me pensar. Em certo ponto do filme o professor de literatura menciona sheakspeare:
"All the world´s a stage, and all the men and women,
merely players."


Does anyone know what Shakespeare meant by that? Anyone?

It´s about disguise. About playing a part. And that´s
the theme of "As You Like It."


Now, does anyone know where we can see this?

Well, Rosalind disguises herself as a man,...and then
she escapes into the forest.


Right. And it´s when she´s in costume...
that she can finally express her love for Orlando.

See, the point Shakespeare is trying to make is that
when we´re in disguise, we feel freer.

We do things we wouldn´t do in ordinary life.

Resumindo, Shakespeare diz que o mundo é um palco, e que todos os homens e mulheres são meramente actores. Ele tenta dizer que quando estamos a nos disfarçar, quando fingimos ser outra pessoa, sentimo-nos mais livres. Fazemos coisas que não faríamos normalmente.

E eu assino embaixo. Isso acontece quando estamos com grupos de amigos diferentes, no trabalho, quando viajamos, até quando estamos num relacionamento. Vivemos diversas vidas numa mesma. Algumas únicas, outras repetidas, mas totalmente distintas. E, mesmo assim, somos nós mesmos, só que de maneiras diversas.

Somos muitos nós mesmos!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Tears for Affairs

Foi na rádio que descobri a banda escocesa "Camera Obscura". Às vezes, alguns achados, são pérolas!



Tears for Affairs

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Se a Shirley MacLaine soubesse!




Quando estava a escrever o post anterior, acidentalmente deparei-me com uma página que nos diz quem fomos na vida anterior. Hummm, como eu acredito em quase tudo, lá fui eu ver quem eu tinha sido então. Primeiramente não funcionou no Firefox, então fui ver se funcionava no IE. Depois o ano não pode ser de 4 dígitos, mas sim de 2. E finalmente descobri quem eu tinha sido: CHEFE DOS LIXEIROS NA POLÔNIA MODERNA, EM 875. Uau!....Uau!


http://www.geocities.com/Hollywood/Club/3403/vidapassada.htm


Diagnóstico:
Nossos cálculos cabalísticos indicam que você foi homem em sua última encarnação.
Você nasceu em algum lugar próximo do moderno território do(a) Polônia aproximadamente em 875.
Sua profissão era treinador, criador de animais, pássaros, insetos.
Um breve perfil psicológico da sua última encarnação:
Foi Pessoa com muita energia, hábil no planejamento e supervisão. Caso tenha sido apenas um gari, foi o chefe dos lixeiros.
A lição que você trouxe da última encarnação:
Sua lição -- aprender a ser humilde e ter fé nos princípios espirituais. Deveria crer na Razão Superior
Agora você se lembra?


Minha resposta a esta pergunta: claro que lembro! Não é a toa que fico a espera e quero dar palpite toda a vez que caminhão do lixo passa na minha rua!

PS: gravura obtida do blog mauriciosbr

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Mulher Jovem Sentada de Frente


Todos com mais de .... anos já devem ter ouvido falar de um filme, muito, muito estranho, chamado "Encaixotando Helena" (Boxing Helena). Nunca vi o filme, mas sei sobre o que fala. É sobre a paixão de um homem por uma mulher que, para mantê-la presa a ele, amputa-lhe os braços, as pernas e a encaixota viva para adorá-la. Um horror! Mas como disse, nunca o vi.

Hoje, quando estava a voltar do trabalho a pé e a passar pelo Jardim da Amália, descubro que a exposição de esculturas do Baltazar Lobo infelizmente chegou ao fim. Foram 4 meses, sendo um de bónus, que eu tive a oportunidade de passar pelas mais de 20 esculturas dele.

Pois bem. Quando piso o jardim, ao invés de ver as esculturas que estavam sempre lá a minha espera, encontrei caixas. Muitas caixas. E dentro delas as esculturas. Minha alma entristeceu. Até posso dizer que entristeceu muito. Foi momentâneo, mas ao ver as esculturas enclausuradas em caixas de madeira, sem poderem ver-nos, e nós sem podermos vê-las, senti um choque. Despropositadamente pensei sobre a efemeridade da vida, e enquanto não abandonei o jardim, era só nisso que eu pensava.

Iriam as esculturas para o mesmo lugar que iremos quando morrermos? Ou iriam elas para uma outra exposição para serem vistas por outros olhos, em outra época, em outro lugar do planeta, e assim acontece com a gente depois que aqui já não estamos mais? As comparações eram infinitas, e só pararam quando continuei meu caminho. Algumas esculturas ainda não tinham tido o fatídico destino das outras, mas era por pouco tempo. E destas fiz questão de me despedir.

Depois segui o meu caminho e continuei a viver.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Pelos Ares

http://www.youtube.com/watch?v=ZELQWIsp7RI

Nem acredito que encontrei este vídeo! Uma das melhores músicas do album Cantada. Música para quem terminou um relacionamento sem nunca o terminar.

Pelos Ares

Adriana Calcanhotto

Composição: Adriana Calcanhotto & Antonio Cicero

Não lhe peço nada
mas se acaso você perguntar
por você não há o que eu não faça

Guardo inteira em mim
a casa que mandei
um dia
pelos ares
e a reconstruo em todos os detalhes
intactos e implacáveis

Eis aqui
bicicleta, planta, céu,
estante cama e eu
logo estará
tudo no seu lugar

Eis aqui
chocolate, gato, chão,
espelho, luz, calção
no seu lugar
pra ver você chegar

Wall - E


Sábado eu, a Isabel e o João fomos ver Wall-e. Aconselho vivamente, até mais para os adultos que para os pequenos. O curioso do filme é que os robôs são humanizados, enquanto os humanos tornaram-se automatizados, robotizados. Além da mensagem ecológica do filme, é também um alerta de como a televisão pode fazer com que percamos o dom de observar o que de bonito o universo tem a nos dar.

PS: Tenho de assistir menos TV!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Urucubaco




E agora, tentando terminar com essa sequência de posts baixo astral, peço desculpa às minhas 3 ilustres leitoras (Se houver mais, queiram me desculpar, mas há 3 ilustres leitoras sim!) pelos posts desta semana, mas é assim que me sinto. Fazer o quê?

Na verdade nada é tão cinza assim. Há nuances de Magenta e Fuschia no fim do túnel. E pedras preciosas nas paredes...

Voltando à terra, na terça-feira descobri que a loja Viva estava 50% de desconto em tudo. Repito, tudo! Só as vendedoras e o segurança que não estão em saldo, o resto, desde móveis à tapetes e cortinados, a açucareiros e jarras para leite em forma de vaquinha, está tudo pela metade. E eu, minhas caras leitoras, tenho ido lá todos os dias. E todos os dias sempre encontro algo para compras. Ou algos, na maior parte das vezes. Já se tornou um vício. Amanhã estarei lá novamente. E VIVA às coisinhas que já comprei!

A Thing Happened


"31 graus, mas gelados no silêncio, anónimos. “São pessoas. Homens e mulheres, meninos, bebés, meu Deus, quer estar ao lado deles”. É Guillermina Garcia, 68 anos, cozinheira jubilada. “Venho aqui porque me dói, porque não sei o que fazer senão unir-me a outros que se sentem como eu”. Guillermina tem uma filha a viver nas Canárias. “Não dormi, toda a noite sentada na minha escuridão”.
Davam as mãos, Manuel e Ursulla, 67 anos cada um, caras brancas, cabisbaixas. “Não, não tínhamos lá família, mas todos somos a Humanidade, não somos?”. Somos a pergunta sem resposta." -
Jornal de Notícias (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=982624 )

Um avião despenhou-se no aeroporto Barajas, em Madrid. Quase uma centena e meia de mortes. Pessoas que estavam a ir ou retornar na sua inocente alegria de início ou fim de férias. Famílias inteiras. Um pai, uma mãe, um irmão, um amigo... Novamente um acidente que podia ter sido evitado, e escrevo isso com dúvida nenhuma. A aeronave apresentava problemas. Há uma grande diferença entre viajarmos e sabermos do risco a que estamos expostos, ou pensarmos que não é nada, que é só um susto. Isso chama-se brincar com a vida das pessoas. Outros chamariam de assassinato. Destino uma ova!

Por mais que se encontre os culpados, pois sempre se encontra os culpados neste tipo de acidente, ninguém trará de volta aquelas 153 vidas perdidas. Ninguém trará de volta as 201 vidas perdidas em São Paulo no ano passado. A única diferença entre um acidente e outro é que um foi na decolagem e outro na aterragem. Fora isso, todos os mesmos indícios de perigo estavam ali bem visíveis para que alguém dissesse "esse avião não voa". Ninguém disse isso, ou se disseram, foram ignorados. E tentamos empurrar a nossa vida de volta à normalidade.

É difícil não ver proximidade. É difícil não somar 2 e 2 e chegar a conclusão que poderia ter sido comigo, ou com alguém conhecido. E não falo só por mim.

E coisa que mais odeio quando noticiam um acidente destes é que uma das primeiras coisas que a mídia diz é "Não se sabe ainda se havia passageiros portugueses no avião". E digo portugueses a título de exemplo. É como se pelo fato de haver uma pessoa do país em que se vive a tragédia será maior. Nunca poderá ser maior. A tragédia em si já é incomensurável! Como dizia a Ursulla nos seus 67 anos, somos todos humanidade, não somos?

Sim, Ursulla, felizmente e pelo menos, ainda somos.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Água e Sal


Uma caminhada pelas salinas de Tavira, Algarve.

Nothing Important Happened Today I, II & III

O que posso dizer? Depois de 3 dias de praia parece que estou mais cansado que antes. E dizer "preciso de férias" é inútil, pois só as terei em Dezembro. Esperarei por um Sábado, de preferência nublado e com chuva, para poder ficar em casa descansando sem fazer nada. Mesmo Sábado está longe. Mas sejamos otimistas. Tanto Sábado, quanto Dezembro, já estiveram mais distantes!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Tanto Mar

Tenho vindo a pé para o trabalho todos os dias, desde segunda-feira. Não é promessa, é exercício mesmo. São 45 minutos caminhando, e bem agradáveis. Passo pelo parque Eduardo VII, pelo Jardim da Amália e pelos jardins da Gulbenkian, com direito a banho da rega das plantas. Também faço todo o percurso ouvindo música.


Sabe aquela música que a gente já ouviu algumas vezes, e até já prestou atenção, mas um dia a ouvimos e ela nos invade de uma maneira absurda? Pois, aconteceu com esta música do Chico Buarque. Ouvi. Voltei a ouvi-la. Emocionei-me de ficar com lágrimas nos olhos. Senti orgulho pelos meus amigos portugueses, por ter me tornado português, e por nós, brasileiros, termos esta ligação com Portugal. Afinal, Portugal é um país pequeno e muito corajoso.

A começar pelos descobrimentos. Foram, indubitavelmente, os maiores navegadores da sua época. Depois foram espertos o suficiente para enganar os espanhóis e desviarem um bom bocado a linha do tratado de Tordesilhas, fazendo do Brasil praticamente um continente. Tiveram um terremoto monstruoso e não se abalaram. Decidiram remodelar tudo e começar tudo do zero. Quando Napoleão estava a tornar todos os países da Europa o seu pátio para brincar, a corte portuguesa apanha o primeiro navio e vai tirar umas férias para o Brasil. Sem a corte para se render, e com os portugueses a se defenderem argilosamente, Napoleão não teve chance. Teve que dar meia volta com o rabinho entre as pernas, deixar de ser besta e depois se isolar numa ilha do Atlântico sul. Mais tarde, quando encheram o saco de terem um rei, não se fizeram de rogados. Já que o rei não queria sair, sairam com ele, e à tiros. Coitado, não sobreviveu. E depois quando um ditador começou a fazer das suas também, os portugueses se revoltaram e disseram que quem mandava no país eram eles. E viva a democracia!


E, mais importante, não esquecem de nada disso. E todo o dia 25 de Abril milhares de portugueses vão a rua para comemorar a liberdade que um dia reivindicaram e conseguiram. Foi por isso que me emocionei!

Tanto Mar

Composição: Chico Buarque

Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
Ainda guardo renitente um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente nalgum canto de jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Canta primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente algum cheirinho de alecrim

PS: Vou começar a chamar estes posts de "Momento Sabe"

Inspiração

"O mundo é bem grande lá fora, às vezes eu só queria saber viver."

Uma amiga minha me escreveu isso por causa do post anterior, HOPE. Achei tão suscinto e tão perfeito que não pude deixar de reproduzir aqui. (foi sem a autorização dela, assim espero que eu não seja processado...)

Para ela eu deixo outra citação, de um episódio da série "Anatomia de Grey" (Grey's Anatomy). O episódio é da segunda temporada, e chama-se LET IT BE.

Meredith (voiceover): Gratitude, appreciation, giving thanks. No matter what words you use, they all mean the same thing. Happy. We're supposed to be happy. Grateful for friends, family. Happy just to be alive. Whether we like it or not.

Meredith (voiceover): Maybe we're not supposed to be happy. Maybe gratitude has nothing to do with joy. Maybe being grateful means recognizing what you have for what it is. Appreciating small victories. Admiring the struggle it takes simply to be human. Maybe we're thankful for the familiar things we know. And maybe we're thankful for the things we'll never know. At the end of the day, the fact that we have the courage to still be standing is reason enough to celebrate.

De resto, todos nos sentimos assim a maior parte do tempo. E ,na maior parte das vezes, é porque temos memória curta para quanto de mundo nós já vivemos sem sequer saber viver. A vida é um constante ensaio. E quando decoramos as falas, a peça já é outra. Então, improvisamos. As vezes nos damos bem, outras não. É inevitável, o show tem que continuar.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

HOPE


“AND HER HEART MAY BE BROKEN
A HUNDRED TIMES
BUT THE HURT WILL NEVER DESTROY
HER HOPE…”

Este verso é da nova música do The cure “The Perfect Boy”

É tão bonito e tão singelo. “E seu coração pode ser ferido centenas de vezes, mas a ferida nunca irá destruir sua esperança…”.

Assim que as coisas deviam ser, sempre. É natural nos magoarmos. É inevitável nos decepcionarmos. Mas só mantendo a esperança e dando a nós mesmos novas oportunidades é que poderemos sarar qualquer ferida. A esperança deve se manter intacta, apesar das decepções ou mágoas. Com ela, há superação.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

I Want to Believe

Ontem fui ver o filme X-files, I want to believe.

 

Ok, não se assustem. Não irei fazer crítica ao filme e nem estragar as surpresas dele (Mas posso dizer que o filme é bom e não há muitas surpresas). Vou falar sobre a personagem da Gillian Anderson, a Scully. Durante as 9 temporadas que X-files (“Arquivo X” para uns,”Ficheiros Secretos” para outros), Scully foi uma mulher extremamente religiosa. A igreja católica e a religião eram o fundamento das suas crenças, e constantemente embatiam de frente com as crenças sobrenaturais de Mulder. Ela acreditava na igreja, nos seus santos e nas suas leis. E sempre teve um padre ou outro como guia espiritual.

 

Neste filme encontramos uma Scully totalmente dedicada à medicina, num hospital católico. Só que as coisas não correm bem, pois desta vez o embate é entre a medicina e a religião. Scully acredita que pode curar um rapaz de 10 anos que sofre de uma doença grave, enquanto os padres e freiras que dirigem o hospital acreditam que é a vontade de Deus que o rapaz morra e que não há nada que se possa fazer. A situação piora quando Scully conhece um padre vidente, acusado por pedofilia e que está a ajudar o FBI. De uma hora para outra a sua religião é tomada por uma humanidade suja e pecadora, e ela não consegue aceitar este cruzamento. O padre pedófilo crê em Deus e tem fé de ser perdoado por este mesmo Deus. Scully não consegue aceitar que o crime que ele cometeu possa ser perdoado aos olhos de Deus. Scully vê que os representantes da igreja em que ela acredita não estão imunes às tentações, e que utilizam a lei divina como bem lhes convém.

 

Não é fácil para ela enfrentar isso. Aliás, o conflito pelo qual ela passa torna-se, para ela, mais intenso e importante que o crime que o FBI tem de desvendar. Ela quer acreditar em Deus e na igreja católica, tarefa cada vez mais difícil para ela. E  entre lidar com um padre fatalista e cheio de regras, ou em um padre pecador, que deseja ser perdoado e infinitamente mais humano, é a este último que Scully pede ajuda e abrigo. E é este que vai ajudá-la a manter a fé em si mesma para que ela possa curar o rapaz através da medicina.

 

Não gostei do filme em vários pontos, mas goste, e muito, de terem dado esta história ao personagem da Scully.

 

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Rita RedShoes - Mais Português em Inglês

Outra cantora portuguesa que é muito boa, Rita Redshoes. Gosto do nome artístico, e de todo o primeiro disco dela, Golden Era. Também a assisti no Festival Delta Tejo, em Lisboa, e a menina deu um show! Este vídeo é da música "The Beginning Song". Não é a minha música favorita do disco, mas o vídeo é.




E aqui está o vídeo que eu filmei, "Hey Tom ".


Carne e Osso

Daquelas músicas que ouvimos várias vezes e nem gostamos, até que um dia prestamos atenção na letra e tudo muda. Não a nossa vida, mas a música. Essa letra é boa em tantos níveis, principalmente no empírico e religioso. Viva ao pecado e ao direito de sermos humanos!

 

Carne e Osso

Zélia Duncan

Disco: Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band

 

A alegria do pecado
Às vezes toma conta de mim
E é tão bom não ser divina
Me cobrir de humanidade me fascina
E me aproxima do céu

E eu gosto
De estar na terra
Cada vez mais
Minha boca se abre e espera
O direito ainda que profano
Do mundo ser sempre mais humano

Perfeição demais
Me agita os instintos
Quem se diz muito perfeito
Na certa encontrou um jeito insosso
Pra não ser de carne e osso
Pra não ser carne e osso.

 

Uma verdade Inconveniente

Algumas verdades, por mais tempo que já tenham sido aceitas por nós, ainda doem quando repetidas em voz alta.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Lisboa - Base Espacial


Na sequência do Rocket Man, coincidentemente, descobri um lugar ótimo para vocês estacionarem suas naves espaciais aqui mesmo, em Lisboa. E é bem central!


Jerónimos

Mosteiro dos Jerónimos, hoje!

Com ou Sem Música - Rocket Man

David Fonseca, com Rocket Man. Um vídeo muito intrigante. Não sei qual é a idéia do vídeo, ou a relação do vídeo com a música, ou mesmo com Elton John. Talvez o significado da letra da música esteja neste vídeo. A verdade é que o vídeo ficou fantástico, a música nem tanto. Mas o David tem muitas outros vídeos e músicas, basta olharem aqui. http://www.youtube.com/user/davidfonsecamusic

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Bom Fim de Semana!


Foto Tirada ontem, no Kubo, ao fim da tarde, em Lisboa.

Obscura ABBA

Em homenagem a uma querida amiga, deixo aqui o vídeo de Super Trouper, o grande sucesso do Abba, num lindo cover da banda escocesa Camera Obscura. (http://www.camera-obscura.net/)

Ódio às Formigas



Ando às voltas, nos últimos dias, com uma invasão de formigas no meu banheiro (casa de banho). A solução deveria ser simples. Encontrar o buraquinho por onde elas entram, porque elas aproveitam qualquer buraquinho para invadir o meu santuário privado, e após descoberto o túnel de entrada, pulverizar com inseticida, pó mata formiga e, por fim, tapar o ínfimo túnel.
Mas não é que as formigas "voyeurs" sempre encontram um túnel alternativo para voltarem a atacar? Agora estão a vir por uma fresta da torneira geral da água. E depois que entram, ficam zanzando pelo chão, pelas paredes, pelo teto, pela banheira, por tudo, como baratas tontas ( No caso, formigas tontas). Odeio-as! Além de elas não respeitarem a minha privacidade, quando eu estou sentadinho, "lendo um livro", ainda inventam de subir no meu pé e picarem-me. Desaforo total!
Com os insetos costumo ser como os budistas, não matá-los porque são seres vivos que irão reencarnar num ser mais evoluído da próxima vez. Mas no caso destas formigas, não tenho piedade. Quando as vejo passeando pelo meu chão, sinto o maior prazer em mandarem-nas para a evolução cármica o mais rápido possível. Normalmente vão pisoteadas, ou afogadas. Na maioria das vezes, envenenadas. Mas as "formi-voyeur-gas" não aprendem. De tempos em tempos, elas retornam. Malditas! Vou comprar um Tamanduá!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Vantagens de se ter um Blog



A grande vantagem de se ter um blog é porque podemos publicar o que bem entendemos, expressar nosso ponto de vista, sem ter ninguém a nos contradizer ou questionar a nossa opinião. Mas como eu não acho graça nenhuma em ter uma opinião e ninguém dizer nada a respeito, deixo aqui a minha reclamação: POR FAVOR, DIGAM ALGUMA! DEIXEM OS SEUS COMENTÁRIOS! Isso aqui tá tão sem graça!

Simone e Cazuza - Codinome Beija-flor

Cazuza foi um grande poeta, Simone é uma grande cantora. Eles eram grandes amigos. Uma linda e delicada canção, cantada com beleza, amor, admiração, respeito e despedida.

Viva Cazuza!



Composição: Cazuza, Reinaldo Arias e Ezequiel Neves

Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou...

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor

Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor

Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador
Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor

terça-feira, 29 de julho de 2008

Painel do Dia








Sabe quando já passaste por um lugar milhares de vezes, e NUNCA paraste para olhar? Pois aí está, um painel de azulejos que chamou-me a atenção ontem, numa das casas que estão em frente ao Museu de História Natural, na rua da Escola Politécnica. Para verem a imagem inteira, basta clicar na foto.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Super Pessoas



Super-herói que se preze tem duas personalidades, a super e a mortal. Super-homem, Batman, Mulher Maravilha, Homem-Aranha...todos eles tem de esconder que são super-heróis. Embora a outra identidade deles seja de uma pessoa normal, mesmo assim eles tem de abdicar de uma vida chamada normal. Não podem ter relações duradouras e, consequentemente, não podem se dar ao luxo de terem filhos. A genealogia deles termina ali. Nunca existirá um Bernardo, filho do Batman, ou a Maria, filha do Homem-Aranha. A vida normal deles é deplorável, pois não se permitem intimidade com ninguém e nem confidências. Quem é amigo deles ou corre risco de vida ou morre (ou deixa a série, mas isso é outra conversa...).

Por sua vez a faceta super-herói não é muito diferente da faceta humana. Também não podem aventurar-se em relacionamentos ou amizades. Já pensaram marcar um jantar com o Super-Homem na vossa casa e pedirem para ele trazer as cervejas? Fora o fato de ele não poder ir embora voando embriagado, seria muito difícil não cair na tentação de pedir para ele cozinhar a carne com a sua visão ou levar-nos todos, já que ele é o único que voa, para uma noite de copos em Nova Iorque. "Vá lá, Superman, é num instante e já voltamos! Preciso ir comprar umas Levi's. Eh, grande amigo!" E o Batman? Por causa daquela máscara dele a gente nunca saberia se ele gostou ou não da comida, se ele está feliz com a companhia ou se ele não está frustrado por ter sido convidado para uma "White Party". E a mulher maravilha gente? Sem falar no preconceito que ela sofreria por causa daquela roupa a copiar a bandeira norte americana, que anda super "out" atualmente, ela sempre iria se sentir a mais peladona do pedaço. Com certeza ela seria a que faria mais sucesso, mas o chicote na cintura já diminuiria consideravelmente o leque de potenciais pretendentes para ela. Vai que ela invente de usar o chicote na cama? Não dá. Realmente, ser super-herói é fogo!

Mas pensando bem, quantos de nós, mesmo sem ser super-heróis, e nem tampouco heróis, já temos de esconder a nossa identidade para não sofrer consequências ou represálias? É um esforço super humano, já agora. É o gay que tem de se passar por hetero, a filha de família que tem de ser a vida toda santa e virgem, são os pais que não podem demonstrar suas fraquezas e imperfeições aos filhos, o marido ou a esposa que amam a outro e não o podem assumir, o drogado que esconde o seu vício, o colega de trabalho que esconde que vive num bairro social, a mulher que não fala que apanha em casa, enfim, uma lista infindável de pessoas que tem de esconder sua identidade dos outros, seja ela a verdadeira ou a falsa. Ou ambas verdadeiras ou falsas. Realmente, ser somente humano já é difícil. Imagina se tivéssemos de ser super-heróis!

Mas agora, pensando seriamente em tudo que disse, só posso chegar a uma única conclusão. Super-heróis são aqueles que assumem perante si e perante os outros todas as suas identidades, sem vergonha, sem medo, sem preconceito. Este tipo de super-herói até existe, e cabe a nós fazer jus a tamanha coragem.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Freak Show!

O novo single do The Cure, Freakshow.



FREAKSHOW
(Smith/Gallup/Cooper/Thompson)

I CAN’T BELIEVE IT
I MUST BE DREAMING
SHE TURNS THE SOUND DOWN
SAYS “I AM HEAVING
THIS IS A FREAKSHOW”
AND I AM SCREAMING…
SHE SPINS THE WORLD ROUND
I WANT TO STOP

BITTER SWEET AGAIN
HER OPENING MOVE
DOWN AND OUT IN BLACK
SOFT SHINY AND SMOOTH
LOOKS LIKE THE ALIEN CROWD GOT GROOVE
SHE BURNS HER NAME INTO MY ARM
BUT I CAN NEVER GET THROUGH

TO PLAY THE GAME
SHES TRYING TO LOSE
HER ULTRAVIOLET
MAKES IT HARDER TO CHOOSE
LOOKS LIKE THE EDGE OF THE EARTH GOT MOVED
SHE BLURS A WAY ACROSS THE FLOOR
I SPIN TO SWALLOW THE VIEW

AND IT’S THE SAME SWAY
Yeah IT’S THE SAME SLIDE
IT’S THE SAME STARE
Oh IT’S THE SAME SMILE
Yeah IT’S THE SAME BUT…
IT’S NOT QUITE RIGHT

Oh IT’S INSANE
SHE SHAKES LIKE A FREAK
STUCK IN THE MIDDLE OF THE ROOM
FOR A WEEK
LOOKS LIKE THE ONLY WAY TO GET ON THE BEAT
IS TAKE HER UP ON HOW TO SWING
BUT I AM MISSING MY FEET

AND IT’S THE SAME SWAY
Yeah IT’S THE SAME SLIDE
IT’S THE SAME SWISH
Oh IT’S THE SAME SMILE
Yeah IT’S THE SAME BUT…
IT’S NOT QUITE RIGHT

I’M IN A STEP
…OUT!
SHE’S TWO MORE STEPS
…DOWN!
FOR THREE STEPS UP
…CLAP!
AND GO AROUND
…OW!
IT MAKES MY HEAD BUZZ
SHE WANTS TO COME NOW
I TRY TO STOP

ALWAYS INFRADIG
HER FINISHING MOVE
UP AND DOWN IN BLACK
SOFT SHINY AND SMOOTH
LOOKS LIKE THE ALIEN CROWD GOT GROOVE
SHE CUTS A NUMBER OUT MY ARM
BUT I CAN NEVER GET THROUGH

TO PLAY THIS GAME
SHES TRYING TO LOSE
THE STUFF FROM MARS
MAKES IT HARDER TO CHOOSE
LOOKS LIKE THE FINAL FRONTIER GOT MOVED
SHE BLURS A WAY ACROSS THE FLOOR
I SPIN TO SWALLOW THE VIEW

AND IT’S THE SAME SWAY
Yeah IT’S THE SAME SLIDE
IT’S THE SAME STRIP
Oh IT’S THE SAME SMILE
Yeah IT’S THE SAME BUT
IT’S NOT QUITE RIGHT…

I CAN’T BELIEVE IT
I MUST BE DREAMING
SHE TURNS THE LIGHTS UP
SAYS SHE IS LEAVING
THIS IS A FREAKSHOW
AND I AM BEATEN…
SHE SPINS THE WORLD ROUND
I HAVE TO STOP

Palavras para quê?

Adriana Calcanhotto no Festival Delta Tejo, Sábado passado, em Lisboa. Eu estava lá e saí decepcionadíssimo com o show dela. Ela fez o mesmo show que apresentou Junho passado, com a diferença que agora era para uma platéia em espaço aberto. Eu achei que o problema era com ela, que devia ter preparado um repertório com mais sucessos, onde ela pudesse estar de pé e mais perto do público. Mas vendo este vídeo é que eu noto que o que faltava era nos rendermos a ela, novamente.



E aqui a música que eu filmei, quando ela voltou ao palco, depois de já ter encerrado o concerto. Ela disse antes de começar a cantar "Sinceramente, não sei o que estou fazendo aqui." E nem precisava saber. Ouví-la cantar "Meu Mundo e Nada Mais", de Guilherme Arantes, já soube muito bem!

Eu sou o que eu sou!

Sábado passado faleceu Dercy Gonçalves, com seus 101/102/103 anos de idade. Meus avós cresceram vendo Dercy. Meus pais cresceram aprendendo palavrões com ela. Eu cresci vendo Dercy, sem entender como uma pessoa tão idosa podia dizer tanto palavrão como ela dizia. Na novela "Que Rei Sou Eu", no "Sai de Baixo" e sei lá mais onde. Dercy era indomável, intratável com quem ela não gostava, mas um anjo com quem gostava. Dizia tudo que pensava e mais um pouco. Fazia e dizia qualquer coisa sem o mínimo de pudor. A idade nunca foi um empecilho para ela, tanto que todos nós imaginávamos que ela iria viver para sempre.
Hoje assisti uma entrevista onde ela diz algo que me encheu mais de respeito por ela. Não pela novidade, mas pela força e legitimidade que foi dito: "Eu sou o que sou. Não posso ser o que eles querem. Eu sou o que sou!"


quinta-feira, 24 de julho de 2008

A dupla perfeita

Inusitado. Eu assisti a este programa na TV Bandeirantes quando passou, há mais de 10 anos atrás. Fiquei emocionado na altura, e ainda me emociono agora quando revejo. Renato Russo cantando "Esquadros" com Adriana Calcanhotto, na época, com um T só. Falta ainda encontrar eles cantando "Agora só falta você" da Rita Lee, junto com o António Cícero.