- Desejo que o conflito no Oriente Médio termine de vez.
- Que o vinho branco faça tanto bem como o vinho tinto.
- Que seja provado que comer chocolate não engorde.
- Que a Isabel encontre um homem ideal (o mesmo vale para a Ester, Luísa, Xica, Anita, Carla, Lilian, Patrícia, Márcia, etc...)
- Que a taxa da euribor continue a descer.
- Que eu emagreça, no mínimo, 5 kilos.
- Que seja descoberta a cura para HIV e Cancro.
- Que eu viaje, no mínimo, para 5 países diferentes.
- Que eu viaje para um país distante (o Brasil não conta)
- Que eu viaje ao Brasil.
- Que eu mantenha todos os meus amigos.
- Que eu fale mais com a Myrian.
- Que eu veja menos televisão.
- Que os meus seriados favoritos não terminem.
- Que o Obama seja um bom presidente.
- Que Portugal avance como país.
- Que o Brasil avance como nação.
- Que a Sujes fique 100% curada. (o mesmo vale para a nermac)
- Que a natureza seja deixada em paz.
- Que o homem pare de poluir.
- Enfim, que o homem tome juízo.
É pedir muito?
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Desejos muito específicos para 2009 (Até agora)
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Saudade à Porter
Essa planta chamada saudade é o que faz com que carreguemos connosco uma cópia quase fiel da pessoa original. Algumas vezes a retocamos, adulteramos, mas isso não chega a ser grave.
Quando reencontramos essa pessoa, é quase uma confirmação para saber se a nossa planta está actualizada. É isso que vou fazer ao Brasil de vez em quando. É isso que farei quando voltar à Europa.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Meu primeiro Desfile verdadeiro
Ontem eu assistí ao meu primeiro desfile de moda. Foi um desfile em prol da APAV. Tudo muito giro. O coquetel de entrada estava óptimo e cheio de coisas boas para comer e bebericar. Felizmente o evento atrasou um pouco a começar, assim tivemos mais tempo para convívio e comilança. A sala do desfile estava profissionalíssima! Muitos fotógrafos, canais de televisão, a passarela, pessoas bonitas na platéia, festa estranha com gente esquisita... Quando começa o desfile, aquela emoção. Senti-me a própria Heidi Klum, do Project Runway. Poderia ter citado o outro, que é mais "adequado", mas não lembro o nome dele! De qualquer maneira, a Heide Klum é mais gira. E ela é a única que tem deixa no programa: "One day you are IN, the other you are OUT". Voltando ao desfile, as roupas masculinas eram muito giras (sou suspeito) e as femininas também (também sou suspeito). E a música estava boa. Ou seja, valeu! Ir a desfiles de moda é, definitivamente, um programa de lazer válido!
A Fútil e o Inútil
Não, o passado definitivamente não precisa de nós.
(http://www.savagechickens.com/tag/future/page/2)
(http://www.savagechickens.com/tag/future/page/3)
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Yes You Can
Quero acreditar que este homem será a esperança para aqueles que ele não conduzirá.
Quero acreditar que eu esteja errado em tudo que eu não consigo acreditar, e que me seja provado o contrário. Quero estar certo e errado para o mesmo objectivo. Não importa. Perdendo ou ganhando, agora é a hora de todos começarem a corrida.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
In Bruges
Hoje fui ver "In Bruges". Fui vê-lo porque, desde que ouvi falar dele, o facto de ter sido rodado em Bruges me pareceu uma boa razão para fazê-lo. Bruges, como diz o filme, é uma cidade que parece um conto de fadas, literalmente. Além de Bruges, o filme tem Colin Farrel, outra boa razão para assistí-lo. E francamente, ele está fantástico! Agora sobre o filme. Bem, o filme...parece um livro. Estranho, mas é isso que me vem à cabeça. O filme dá-nos tempo de digerir cada cena, cada diálogo. Aliás, os diálogos do filme são brilhantes. Inteligente, irônico, bem-humorado, inesperado. É assim cada diálogo. A história não é nada de especial, mas é uma boa história. E o filme surpreende desde muito cedo,tantas as reviravoltas que tem, deixando-nos muitas vezes sem reacção, ou sem sabermos como reagir.
Um filme para ser bom não tem de ser maravilhoso. Mas este é maravilhoso só por ser bom.
By the way, o filme no Brasil chama-se "Na Mira do Chefe". (Mal, muito mal!)
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Dúvidas não tão cruéis
Não fiquei angustiado com as minhas constantes indecisões. Não fiquei chateado por não poder seguir dez caminhos diferentes ao mesmo tempo. Não senti nenhum vazio por não viajar para lugares onde nunca estive, ou por não estar a viver em outro país.
Gosto do que faço, entretanto não faço o que gostaria de fazer, mesmo sem saber ainda o que gostaria de fazer. E "tá-se" bem.
Na verdade este ano eu abracei todas as minhas decisões feitas até este exato momento. Mesmo as erradas, mesmo as que me arrependi. Enquanto não criarem a máquina do tempo, não vale a pena ficar esquentando com o que passou. As minhas escolhas foram as únicas que podia ter feito "naquele" momento. Quando uma decisão é feita, não há mais volta a dar. Mas há remédio para tudo, até para decisões erradas.
Também aprendi que a amizade é como a coleção de ímanes de geladeira/frigorífico, pelo menos a minha. Há alguns ímanes que desgastam com o tempo. Ou perdem a cor, ou simplesmente caem e quebram. Alguns vão para o lixo. Outros eu gosto tanto que, mesmo sem os ver, os guardo. Há alguns que nunca perdem nem a cor e nem a força, e estes são os que me deixam mais felizes quando os vejo.
Não fico mais triste por perder uma amizade. Pois amizade não se perde. Algumas amizades que perdem a data de validade. Não há sobre vida que valha a pena.
Mas há as amizades que não se definem no tempo. Mesmo à distância, ou diariamente, são instantâneas. Com certa frequência ou quase nunca, elas são. A amizade é poligâmica, é assexuada, e no entanto tem um certo caril de sexo. Amizade que se preste é fado e Carnaval.
E antes eu me preocupava por não saber exatamente o que era o amor. Hoje eu sei que o amor não é exato. O dicionário diz "inclinação da alma e do coração". Pois, que seja. O amor é cheiro, levemente identificável. Não tem fórmula. A gente suspeita de sua existência. Às vezes ele é como um piano que cai em nossa cabeça, outras é como as fases da lua. Às vezes temos certezas absolutas, às vezes dúvidas vorazes, mas não deixa de ser amor
Mas porque eu escrevi isso tudo? Só para dizer que não tenho escrito porque não tenho estado angustiado, e sem angústia parece que escrevo menos. Bolas!
Ser Independente - Parte I
Anônimo
"Que delícia é ler um bom livro, acompanhado de uma taça de vinho e um sofá, nos dias de frio, e de uma esplanada, nos dias de sol."
Não Anônimo
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Expecta-tenta-tivas
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Pensamento do dia
"Quando se quer bem a uma pessoa a presença dela conforta. Só a
presença: não é necessário mais nada".
Graciliano Ramos, escritor, 1892-1953
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Neruda
"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música,
quem não acha graça de si mesmo".
Pablo Neruda, poeta, diplomata, 1904-1973
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Pra te Lembrar
Pra te lembrar
Composição: Nei Lisboa
O quê que eu vou fazer pra te esquecer
Sempre que já nem me lembro
Lembras pra mim
Cada sonho teu me abraça ao acordar
Como um anjo lindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus pode apagar.
O quê que eu vou fazer pra te deixar
Sempre que eu apresso o passo
Passas por mim
E um silêncio teu me pede pra voltar
Ao te ver seguindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus pode apagar.
O quê que eu vou fazer pra te lembrar
Como tantos que eu conheço
E esqueço de amar
Em que espelho teu
Sou eu que vou estar
A te ver sorrindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nem um adeus pode apagar.
Nei Lisboa é um grande cantor e compositor de Porto Alegre. Essa linda música foi regravada pelo Caetano Veloso e fez parte do filme "Meu Tio matou um cara". Pode ouvir todos os albums dele e inclusive baixar um album inteiro no site oficial http://www.neilisboa.com.br/
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
A Ironia do Amor
"Enquanto a vida vai e vem
Você procura achar alguém
Que um dia possa lhe dizer
-Quero ficar só com você
Quem inventou o amor?"
música: Antes das Seis - Legião Urbana
Pequena lição deste parágrafo: Depois de uma relação, não é o fim do mundo. Pois depois de um grande amor, há sempre um novo grande amor. E sem comparação. Não se pode comparar o que fomos com o que somos, e todas as variáveis inclusas.
Mas eu me pergunto: Por que não podemos ser solteiros e felizes? Por que temos a pressão da sociedade, e mesmo nossa, de arranjar alguém, de ter alguém, de partilhar alguém com alguém?
O pior é que o que leva muita gente a ficar sozinho hoje em dia é o medo de ficar sozinho. O desespero de não ter alguém leva as pessoas a aceitarem qualquer um só para poderem estar com alguém. Inventam um amor perfeito onde só existem falhas e desconfianças, e chegam a preferir, conscientemente ou não, um amor coxo a viverem sozinhas. Mas é claro que a situação em algum momento fica insuportável, e tudo termina. E no final, quem queria tanto não estar sozinho, sozinho ficou novamente. E depois se pergunta porque é que não consegue ter ninguém...tisc, tisc.
A verdade é que existe uma única maneira de encontrar alguém em que o amor seja uma via de mão dupla. É aprendermos a amar a nós mesmos. Mesmo sozinhos, mesmo cheio de defeitos, aceitarmo-nos como somos e nos amarmos como somos. Suportarmo-nos! Suportar estar-se sozinho consigo mesmo não é fácil, entretanto quando conseguido, é extremamente satisfatório! Não haverá desespero em encontrar alguém com quem partilhar a vida, porque bastaremos para ela e a estaremos partilhando, queiramos ou não. É que estar solteiro não é a mesma coisa que estar sozinho ou solitário. É estranho, mas as pessoas preferem estar mais com pessoas confiantes. Juro! Aliás, com certeza conhecemos muitas pessoas que não estão solteiras, mas que no entanto não poderiam estar mais solitárias, certo? Pelamordedeus, sejamos capazes de ser felizes sozinhos.
Mas eu não estou aqui defendendo que todos vivam sozinhos, sem romance e deixando a sua alma gêmea a ver navios. Muito pelo contrário! Só estou a dizer que o amor é lindo, e estar solteiro idem. Porque aí que está a feliz ironia do amor. Exatamente quando estamos felizes no nosso canto é que todos começam a ver uma chama especial na gente, como se fossemos um farol a atrair a atenção de quem nos rodeia. Começam a nos achar pessoas interessantes, independentes, e quando menos esperamos, aparece alguém ansioso por querer conhecer a pessoa tão inteira que tivemos capacidade de nos tornar.
Pois. Quando estamos satisfeitos com o que somos há uma luz que brilha que só quem se encaixa nos nossos sonhos consegue perceber. E sem querer piscamos o olho de volta. :)
Voltei
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Carta de Stuart para sua Mãe
Encontrei este maravilhoso texto sem querer. E sem querer vim a saber a história de Zuzu Angel, a mãe de Stuart. Fiquei muito impressionado. É uma história de uma mulher forte e de muita coragem, que em nome do amor pelo filho enfrentou a ditadura brasileira. (http://www.bolsademulher.com/estilo/materia/zuzu_o_anjo/1631/1)
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
de onde vem a força?
tudo cai, tudo derrama, tudo muda de lugar
e não estamos atentos, quanto mais preparados
para o movimento da crosta terrestre.
Não há como salvar o mundo
nem com a minha ajuda,
nem com a sua.
Os pratos quebram, o leite derrama
as paredes somem
o coração espreme-se em lágrimas.
E nós ficamos ali, inertes, por pura incapacidade,
a carregar a dor a tiracolo.
Fechamos os olhos na espera que o monstro desapareça
mas não resulta
Adormecemos na esperança de um novo dia
mas o dia amanhece no mesmo indesejado gris
Tentamos até jogar tudo para o alto,
mas a gravidade e sua força nunca nos salvam nestes casos.
Repito, nunca.
Mas eu estou firme mesmo sem paredes
E embora afogado, ainda respiro. E muito.
Pois sobrevivemos apesar de correnteza contrária
apesar da força excessiva que fizemos para remar,
sobrevivemos sempre.
E há uma força estranha em somente sobreviver
por mais desfigurados que tenhamos ficado.
Queiramos ou não, o sol aparecerá em brilho novo
e voltaremos a enxergar com mais verdade.
Mas não nos enganemos com o mundo de amanhã.
Mesmo em tudo que nos é inédito há a memória daquilo que outrora amamos
E é daí que vem a força
Sem qualquer motivo aparente
há uma força que sempre vem.
Uma força em você que faz tudo mudar
que sempre tentará colocar tudo de volta no lugar, mesmo sem encaixar.
Mesmo quando não houver mais paredes, nem chão ou céu
Incompreensivelmente é a tristeza que nos fará felizes
Pois ela será o testemunho da felicidade que vivemos juntos.
(para "you know who you are")
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Porque te vas :)
Porque te vas (Jeanette)
Hoy en mi ventana brilla el sol
y el corazon
se pone triste contemplando la ciudad
porque te vas.
Como cada noche desperte
pensando en ti
y en mi reloj todas las horas vi pasar
porque te vas.
Todas las promesas de mi amor se iran contigo.
me olvidaras
me olvidaras.
Junto a la estacion hoy Ilorare igual que un nino
porque te vas (x4)
Bajo la penumbra de un farol
se dormiran
todas las cosas que quedaron por decir
se dormiran.
Junto a las manillas de un reloj
esperaran
todas las horas que quedaron por vivir
esperaran
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Amores Possíveis
Embora eu tenha sentido uma ponta de alegria por nós dois termos tido a sorte de termos encontrado a nossa alma gêmea, mesmo que temporariamente, e por isso o meu ingênuo comentário, não deixa de ser verdade o que ela veio a me dizer logo a seguir. "É bom, mas também é horrível porque sempre iremos comparar os nossos futuros candidatos com o tal, e nunca nenhum será como ele". Verdade verdadeira! Perante isso só pude concordar e calar-me. Ela estava certíssima.
Um amor, mesmo o mais belo e ideal, não vem com uma promessa de longevidade. Ele irá ser o amor perfeito enquanto durar, e mais nada. Claro que essa fulgacidade não invalida a sua perfeição. Foi lindo, divinho e maravilhoso enquanto durou. Doeu depois, é claro. Sofremos, óbviamente. Mas este amor deixou encrustrada uma estrelinha dourada em nosso coração, um tipo de recompensa pelo amor que vivemos. E essa estrelinha ninguém nos tira, nem cirurgicamente.
Mas um amor que passou nada mais é do que um amor que passou. E nenhum amor será igual. Nenhuma pessoa será a repetição daquela, e muito menos encaixará na forma que criamos. Ou nos habituamos com essa verdade, ou passaremos a vida sozinhos a procura de alguém que caiba nos nossos sonhos, correndo o risco de não estarmos atentos às mudanças do nosso próprio coração e das nossas próprias expectativas.
Ou aceitamos que a vida é feita de vários amores possíveis, e há sempre lugar para novas formas de amar no nosso coração, ou corremos o risco da ignorância afetiva. Um amor possível às vezes nem encaixa à primeira, mas não esqueçamos que o nosso coração não tem osso, é só músculo. E como músculo que é, pode ser levemente moldável.
Por isso o bom mesmo é deixarmos os amores passados num baú, para quando precisarmos, irmos lá ver fotos, sentir cheiros, amar sensações, estarmos gratos... E mais nada. De resto, é darmos adeus ao que passou e estarmos abertos para o que nos passa pela frente, o que nos acena, pois caso contrário correremos o risco de não deixarmos ninguém com potencial para caber nos nossos sonhos entrar no nosso mundo, e por cegueira, nada mais.
Sejamos disponíveis. Sejamos libertos. Sejamos capazes de amar agora e sempre. Aprendamos a dizer adeus para poder dize Olá.
sábado, 13 de setembro de 2008
Sei lá, um bom comercial
E para provar como, às vezes, menos é mais, aqui vai a versão "director's cut", a versão completa do diretor. Perde muito da outra versão. Diria que é até é bem chata, pois, estranhamente, perde a poesia da versão resumida.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Terça Insana
Então fui em busca de inspiração, e nada melhor do que bisbilhotar o blog da Martha Medeiros. Ele já tem link no meu blog, ali ao lado, é só espreitar. E é óptimo saber a opinião de uma pessoa que admiramos sem sequer conhecê-la. Há alguns anos atrás ela ainda trocou uns e-mails comigo. Não deu em nada, mas também não era para dar. Por um lado é bom saber que ela, ao escrever para todos, também escreve para mim.
Ok, há quem ache que ela não seja isso tudo, mas quem disse que ela precisa ser isso tudo? Ela me faz sorrir, e isso basta. Ela sabe dizer direitinho o que gostaríamos que alguém, qualquer um, dissesse. E não é fácil ser tão clara assim.
Agora, neste post, estou a imitá-la. Primeiro, porque encontrei um post dela em que ela não tinha o que dizer (bingo!), e segundo, porque ela citou um trecho de uma carta da Clarice Lispector que replico aqui. Ok, é cópia. Mas plágio não é. Mesmo porque uma vez eu já enviei um trecho deste trecho para amigos meus. E muito antes do post dela. Assim, transcrevo o que a Martha transcreveu, do livro "Correspondências". E viva ao facto de nós dois termos a Clarice em comum!
"Não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma. Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso - nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro"
"É somente até certo ponto que a gente pode desistir de si própria e se dar aos outros e às circunstâncias. Depois que uma pessoa perde o respeito de si mesma e o respeito de suas próprias necessidades - depois disso fica-se um pouco um trapo."
"Respeite a você mais do que aos outros, respeite suas exigências, respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que você imagina que seja ruim em você - pelo amor de Deus, não queira fazer de você uma pessoa perfeita".
"Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo aquilo que sua vida exige."
6 de janeiro de 1948
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Liberdade de se Mascarar
Estes dias eu vi um filme destes, com a Drew Barrimore, chamado "NEVER BEEN KISSED". O filme na verdade é bem idiotinha, mas como disse, estes tipos de filmes tem algo que me atraem. A história é sobre uma repórter alienada, mas extremamente romântica, que se vê obrigada a voltar para a escola, fingindo ser adolescente novamente. Claro que os traumas que ela teve na escola voltam todos. Ela volta a ser da turma dos nerds e tão trapalhona quanto antes. Mas depois ela consegue transpor a barreira e ser aceite pelos populares da escola e tornar-se, ela mesma, popular.
Mas houve uma cena do filme que quebrou a regra. Ou seja, fez-me pensar. Em certo ponto do filme o professor de literatura menciona sheakspeare:
"All the world´s a stage, and all the men and women,
merely players."
Does anyone know what Shakespeare meant by that? Anyone?
It´s about disguise. About playing a part. And that´s
the theme of "As You Like It."
Now, does anyone know where we can see this?
Well, Rosalind disguises herself as a man,...and then
she escapes into the forest.
Right. And it´s when she´s in costume...
that she can finally express her love for Orlando.
See, the point Shakespeare is trying to make is that
when we´re in disguise, we feel freer.
We do things we wouldn´t do in ordinary life.
E eu assino embaixo. Isso acontece quando estamos com grupos de amigos diferentes, no trabalho, quando viajamos, até quando estamos num relacionamento. Vivemos diversas vidas numa mesma. Algumas únicas, outras repetidas, mas totalmente distintas. E, mesmo assim, somos nós mesmos, só que de maneiras diversas.
Somos muitos nós mesmos!
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Tears for Affairs
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Se a Shirley MacLaine soubesse!
Quando estava a escrever o post anterior, acidentalmente deparei-me com uma página que nos diz quem fomos na vida anterior. Hummm, como eu acredito em quase tudo, lá fui eu ver quem eu tinha sido então. Primeiramente não funcionou no Firefox, então fui ver se funcionava no IE. Depois o ano não pode ser de 4 dígitos, mas sim de 2. E finalmente descobri quem eu tinha sido: CHEFE DOS LIXEIROS NA POLÔNIA MODERNA, EM 875. Uau!....Uau!
http://www.geocities.com/Hollywood/Club/3403/vidapassada.htm
Diagnóstico:
Nossos cálculos cabalísticos indicam que você foi homem em sua última encarnação.
Você nasceu em algum lugar próximo do moderno território do(a) Polônia aproximadamente em 875.
Sua profissão era treinador, criador de animais, pássaros, insetos.
Um breve perfil psicológico da sua última encarnação:
Foi Pessoa com muita energia, hábil no planejamento e supervisão. Caso tenha sido apenas um gari, foi o chefe dos lixeiros.
A lição que você trouxe da última encarnação:
Sua lição -- aprender a ser humilde e ter fé nos princípios espirituais. Deveria crer na Razão Superior
Agora você se lembra?
Minha resposta a esta pergunta: claro que lembro! Não é a toa que fico a espera e quero dar palpite toda a vez que caminhão do lixo passa na minha rua!
PS: gravura obtida do blog mauriciosbr
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Mulher Jovem Sentada de Frente
Hoje, quando estava a voltar do trabalho a pé e a passar pelo Jardim da Amália, descubro que a exposição de esculturas do Baltazar Lobo infelizmente chegou ao fim. Foram 4 meses, sendo um de bónus, que eu tive a oportunidade de passar pelas mais de 20 esculturas dele.
Pois bem. Quando piso o jardim, ao invés de ver as esculturas que estavam sempre lá a minha espera, encontrei caixas. Muitas caixas. E dentro delas as esculturas. Minha alma entristeceu. Até posso dizer que entristeceu muito. Foi momentâneo, mas ao ver as esculturas enclausuradas em caixas de madeira, sem poderem ver-nos, e nós sem podermos vê-las, senti um choque. Despropositadamente pensei sobre a efemeridade da vida, e enquanto não abandonei o jardim, era só nisso que eu pensava.
Iriam as esculturas para o mesmo lugar que iremos quando morrermos? Ou iriam elas para uma outra exposição para serem vistas por outros olhos, em outra época, em outro lugar do planeta, e assim acontece com a gente depois que aqui já não estamos mais? As comparações eram infinitas, e só pararam quando continuei meu caminho. Algumas esculturas ainda não tinham tido o fatídico destino das outras, mas era por pouco tempo. E destas fiz questão de me despedir.
Depois segui o meu caminho e continuei a viver.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Pelos Ares
Nem acredito que encontrei este vídeo! Uma das melhores músicas do album Cantada. Música para quem terminou um relacionamento sem nunca o terminar.
Pelos Ares
Adriana Calcanhotto
Composição: Adriana Calcanhotto & Antonio Cicero
Não lhe peço nadamas se acaso você perguntar
por você não há o que eu não faça
Guardo inteira em mim
a casa que mandei
um dia
pelos ares
e a reconstruo em todos os detalhes
intactos e implacáveis
Eis aqui
bicicleta, planta, céu,
estante cama e eu
logo estará
tudo no seu lugar
Eis aqui
chocolate, gato, chão,
espelho, luz, calção
no seu lugar
pra ver você chegar
Wall - E
PS: Tenho de assistir menos TV!
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Urucubaco
Na verdade nada é tão cinza assim. Há nuances de Magenta e Fuschia no fim do túnel. E pedras preciosas nas paredes...
Voltando à terra, na terça-feira descobri que a loja Viva estava 50% de desconto em tudo. Repito, tudo! Só as vendedoras e o segurança que não estão em saldo, o resto, desde móveis à tapetes e cortinados, a açucareiros e jarras para leite em forma de vaquinha, está tudo pela metade. E eu, minhas caras leitoras, tenho ido lá todos os dias. E todos os dias sempre encontro algo para compras. Ou algos, na maior parte das vezes. Já se tornou um vício. Amanhã estarei lá novamente. E VIVA às coisinhas que já comprei!
A Thing Happened
Davam as mãos, Manuel e Ursulla, 67 anos cada um, caras brancas, cabisbaixas. “Não, não tínhamos lá família, mas todos somos a Humanidade, não somos?”. Somos a pergunta sem resposta." -
Jornal de Notícias (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=982624 )
Um avião despenhou-se no aeroporto Barajas, em Madrid. Quase uma centena e meia de mortes. Pessoas que estavam a ir ou retornar na sua inocente alegria de início ou fim de férias. Famílias inteiras. Um pai, uma mãe, um irmão, um amigo... Novamente um acidente que podia ter sido evitado, e escrevo isso com dúvida nenhuma. A aeronave apresentava problemas. Há uma grande diferença entre viajarmos e sabermos do risco a que estamos expostos, ou pensarmos que não é nada, que é só um susto. Isso chama-se brincar com a vida das pessoas. Outros chamariam de assassinato. Destino uma ova!
Por mais que se encontre os culpados, pois sempre se encontra os culpados neste tipo de acidente, ninguém trará de volta aquelas 153 vidas perdidas. Ninguém trará de volta as 201 vidas perdidas em São Paulo no ano passado. A única diferença entre um acidente e outro é que um foi na decolagem e outro na aterragem. Fora isso, todos os mesmos indícios de perigo estavam ali bem visíveis para que alguém dissesse "esse avião não voa". Ninguém disse isso, ou se disseram, foram ignorados. E tentamos empurrar a nossa vida de volta à normalidade.
É difícil não ver proximidade. É difícil não somar 2 e 2 e chegar a conclusão que poderia ter sido comigo, ou com alguém conhecido. E não falo só por mim.
E coisa que mais odeio quando noticiam um acidente destes é que uma das primeiras coisas que a mídia diz é "Não se sabe ainda se havia passageiros portugueses no avião". E digo portugueses a título de exemplo. É como se pelo fato de haver uma pessoa do país em que se vive a tragédia será maior. Nunca poderá ser maior. A tragédia em si já é incomensurável! Como dizia a Ursulla nos seus 67 anos, somos todos humanidade, não somos?
Sim, Ursulla, felizmente e pelo menos, ainda somos.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Nothing Important Happened Today I, II & III
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Tanto Mar
Tenho vindo a pé para o trabalho todos os dias, desde segunda-feira. Não é promessa, é exercício mesmo. São 45 minutos caminhando, e bem agradáveis. Passo pelo parque Eduardo VII, pelo Jardim da Amália e pelos jardins da Gulbenkian, com direito a banho da rega das plantas. Também faço todo o percurso ouvindo música.
Sabe aquela música que a gente já ouviu algumas vezes, e até já prestou atenção, mas um dia a ouvimos e ela nos invade de uma maneira absurda? Pois, aconteceu com esta música do Chico Buarque. Ouvi. Voltei a ouvi-la. Emocionei-me de ficar com lágrimas nos olhos. Senti orgulho pelos meus amigos portugueses, por ter me tornado português, e por nós, brasileiros, termos esta ligação com Portugal. Afinal, Portugal é um país pequeno e muito corajoso.
A começar pelos descobrimentos. Foram, indubitavelmente, os maiores navegadores da sua época. Depois foram espertos o suficiente para enganar os espanhóis e desviarem um bom bocado a linha do tratado de Tordesilhas, fazendo do Brasil praticamente um continente. Tiveram um terremoto monstruoso e não se abalaram. Decidiram remodelar tudo e começar tudo do zero. Quando Napoleão estava a tornar todos os países da Europa o seu pátio para brincar, a corte portuguesa apanha o primeiro navio e vai tirar umas férias para o Brasil. Sem a corte para se render, e com os portugueses a se defenderem argilosamente, Napoleão não teve chance. Teve que dar meia volta com o rabinho entre as pernas, deixar de ser besta e depois se isolar numa ilha do Atlântico sul. Mais tarde, quando encheram o saco de terem um rei, não se fizeram de rogados. Já que o rei não queria sair, sairam com ele, e à tiros. Coitado, não sobreviveu. E depois quando um ditador começou a fazer das suas também, os portugueses se revoltaram e disseram que quem mandava no país eram eles. E viva a democracia!
E, mais importante, não esquecem de nada disso. E todo o dia 25 de Abril milhares de portugueses vão a rua para comemorar a liberdade que um dia reivindicaram e conseguiram. Foi por isso que me emocionei!
Tanto Mar
Composição: Chico Buarque
Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
Ainda guardo renitente um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente nalgum canto de jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Canta primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente algum cheirinho de alecrim
PS: Vou começar a chamar estes posts de "Momento Sabe"
Inspiração
Uma amiga minha me escreveu isso por causa do post anterior, HOPE. Achei tão suscinto e tão perfeito que não pude deixar de reproduzir aqui. (foi sem a autorização dela, assim espero que eu não seja processado...)
Para ela eu deixo outra citação, de um episódio da série "Anatomia de Grey" (Grey's Anatomy). O episódio é da segunda temporada, e chama-se LET IT BE.
Meredith (voiceover): Gratitude, appreciation, giving thanks. No matter what words you use, they all mean the same thing. Happy. We're supposed to be happy. Grateful for friends, family. Happy just to be alive. Whether we like it or not.
Meredith (voiceover): Maybe we're not supposed to be happy. Maybe gratitude has nothing to do with joy. Maybe being grateful means recognizing what you have for what it is. Appreciating small victories. Admiring the struggle it takes simply to be human. Maybe we're thankful for the familiar things we know. And maybe we're thankful for the things we'll never know. At the end of the day, the fact that we have the courage to still be standing is reason enough to celebrate.
De resto, todos nos sentimos assim a maior parte do tempo. E ,na maior parte das vezes, é porque temos memória curta para quanto de mundo nós já vivemos sem sequer saber viver. A vida é um constante ensaio. E quando decoramos as falas, a peça já é outra. Então, improvisamos. As vezes nos damos bem, outras não. É inevitável, o show tem que continuar.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
HOPE
“AND HER HEART MAY BE BROKEN
A HUNDRED TIMES
BUT THE HURT WILL NEVER DESTROY
HER HOPE…”
Este verso é da nova música do The cure “The Perfect Boy”
É tão bonito e tão singelo. “E seu coração pode ser ferido centenas de vezes, mas a ferida nunca irá destruir sua esperança…”.
Assim que as coisas deviam ser, sempre. É natural nos magoarmos. É inevitável nos decepcionarmos. Mas só mantendo a esperança e dando a nós mesmos novas oportunidades é que poderemos sarar qualquer ferida. A esperança deve se manter intacta, apesar das decepções ou mágoas. Com ela, há superação.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
I Want to Believe
Ontem fui ver o filme X-files, I want to believe.
Ok, não se assustem. Não irei fazer crítica ao filme e nem estragar as surpresas dele (Mas posso dizer que o filme é bom e não há muitas surpresas). Vou falar sobre a personagem da Gillian Anderson, a Scully. Durante as 9 temporadas que X-files (“Arquivo X” para uns,”Ficheiros Secretos” para outros), Scully foi uma mulher extremamente religiosa. A igreja católica e a religião eram o fundamento das suas crenças, e constantemente embatiam de frente com as crenças sobrenaturais de Mulder. Ela acreditava na igreja, nos seus santos e nas suas leis. E sempre teve um padre ou outro como guia espiritual.
Neste filme encontramos uma Scully totalmente dedicada à medicina, num hospital católico. Só que as coisas não correm bem, pois desta vez o embate é entre a medicina e a religião. Scully acredita que pode curar um rapaz de 10 anos que sofre de uma doença grave, enquanto os padres e freiras que dirigem o hospital acreditam que é a vontade de Deus que o rapaz morra e que não há nada que se possa fazer. A situação piora quando Scully conhece um padre vidente, acusado por pedofilia e que está a ajudar o FBI. De uma hora para outra a sua religião é tomada por uma humanidade suja e pecadora, e ela não consegue aceitar este cruzamento. O padre pedófilo crê em Deus e tem fé de ser perdoado por este mesmo Deus. Scully não consegue aceitar que o crime que ele cometeu possa ser perdoado aos olhos de Deus. Scully vê que os representantes da igreja em que ela acredita não estão imunes às tentações, e que utilizam a lei divina como bem lhes convém.
Não é fácil para ela enfrentar isso. Aliás, o conflito pelo qual ela passa torna-se, para ela, mais intenso e importante que o crime que o FBI tem de desvendar. Ela quer acreditar em Deus e na igreja católica, tarefa cada vez mais difícil para ela. E entre lidar com um padre fatalista e cheio de regras, ou em um padre pecador, que deseja ser perdoado e infinitamente mais humano, é a este último que Scully pede ajuda e abrigo. E é este que vai ajudá-la a manter a fé em si mesma para que ela possa curar o rapaz através da medicina.
Não gostei do filme em vários pontos, mas goste, e muito, de terem dado esta história ao personagem da Scully.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Rita RedShoes - Mais Português em Inglês
E aqui está o vídeo que eu filmei, "Hey Tom".
Carne e Osso
Daquelas músicas que ouvimos várias vezes e nem gostamos, até que um dia prestamos atenção na letra e tudo muda. Não a nossa vida, mas a música. Essa letra é boa em tantos níveis, principalmente no empírico e religioso. Viva ao pecado e ao direito de sermos humanos!
Carne e Osso
Zélia Duncan
Disco: Pré-Pós-Tudo-Bossa-Band
A alegria do pecado
Às vezes toma conta de mim
E é tão bom não ser divina
Me cobrir de humanidade me fascina
E me aproxima do céu
E eu gosto
De estar na terra
Cada vez mais
Minha boca se abre e espera
O direito ainda que profano
Do mundo ser sempre mais humano
Perfeição demais
Me agita os instintos
Quem se diz muito perfeito
Na certa encontrou um jeito insosso
Pra não ser de carne e osso
Pra não ser carne e osso.
Uma verdade Inconveniente
Algumas verdades, por mais tempo que já tenham sido aceitas por nós, ainda doem quando repetidas em voz alta.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Lisboa - Base Espacial
Na sequência do Rocket Man, coincidentemente, descobri um lugar ótimo para vocês estacionarem suas naves espaciais aqui mesmo, em Lisboa. E é bem central!
Com ou Sem Música - Rocket Man
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Obscura ABBA
Ódio às Formigas
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Vantagens de se ter um Blog
Simone e Cazuza - Codinome Beija-flor
Viva Cazuza!
Composição: Cazuza, Reinaldo Arias e Ezequiel Neves
Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou...
Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor
Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor
Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador
Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
terça-feira, 29 de julho de 2008
Painel do Dia
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Super Pessoas
Por sua vez a faceta super-herói não é muito diferente da faceta humana. Também não podem aventurar-se em relacionamentos ou amizades. Já pensaram marcar um jantar com o Super-Homem na vossa casa e pedirem para ele trazer as cervejas? Fora o fato de ele não poder ir embora voando embriagado, seria muito difícil não cair na tentação de pedir para ele cozinhar a carne com a sua visão ou levar-nos todos, já que ele é o único que voa, para uma noite de copos em Nova Iorque. "Vá lá, Superman, é num instante e já voltamos! Preciso ir comprar umas Levi's. Eh, grande amigo!" E o Batman? Por causa daquela máscara dele a gente nunca saberia se ele gostou ou não da comida, se ele está feliz com a companhia ou se ele não está frustrado por ter sido convidado para uma "White Party". E a mulher maravilha gente? Sem falar no preconceito que ela sofreria por causa daquela roupa a copiar a bandeira norte americana, que anda super "out" atualmente, ela sempre iria se sentir a mais peladona do pedaço. Com certeza ela seria a que faria mais sucesso, mas o chicote na cintura já diminuiria consideravelmente o leque de potenciais pretendentes para ela. Vai que ela invente de usar o chicote na cama? Não dá. Realmente, ser super-herói é fogo!
Mas pensando bem, quantos de nós, mesmo sem ser super-heróis, e nem tampouco heróis, já temos de esconder a nossa identidade para não sofrer consequências ou represálias? É um esforço super humano, já agora. É o gay que tem de se passar por hetero, a filha de família que tem de ser a vida toda santa e virgem, são os pais que não podem demonstrar suas fraquezas e imperfeições aos filhos, o marido ou a esposa que amam a outro e não o podem assumir, o drogado que esconde o seu vício, o colega de trabalho que esconde que vive num bairro social, a mulher que não fala que apanha em casa, enfim, uma lista infindável de pessoas que tem de esconder sua identidade dos outros, seja ela a verdadeira ou a falsa. Ou ambas verdadeiras ou falsas. Realmente, ser somente humano já é difícil. Imagina se tivéssemos de ser super-heróis!
Mas agora, pensando seriamente em tudo que disse, só posso chegar a uma única conclusão. Super-heróis são aqueles que assumem perante si e perante os outros todas as suas identidades, sem vergonha, sem medo, sem preconceito. Este tipo de super-herói até existe, e cabe a nós fazer jus a tamanha coragem.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Freak Show!
FREAKSHOW
(Smith/Gallup/Cooper/Thompson)
I CAN’T BELIEVE IT
I MUST BE DREAMING
SHE TURNS THE SOUND DOWN
SAYS “I AM HEAVING
THIS IS A FREAKSHOW”
AND I AM SCREAMING…
SHE SPINS THE WORLD ROUND
I WANT TO STOP
BITTER SWEET AGAIN
HER OPENING MOVE
DOWN AND OUT IN BLACK
SOFT SHINY AND SMOOTH
LOOKS LIKE THE ALIEN CROWD GOT GROOVE
SHE BURNS HER NAME INTO MY ARM
BUT I CAN NEVER GET THROUGH
TO PLAY THE GAME
SHES TRYING TO LOSE
HER ULTRAVIOLET
MAKES IT HARDER TO CHOOSE
LOOKS LIKE THE EDGE OF THE EARTH GOT MOVED
SHE BLURS A WAY ACROSS THE FLOOR
I SPIN TO SWALLOW THE VIEW
AND IT’S THE SAME SWAY
Yeah IT’S THE SAME SLIDE
IT’S THE SAME STARE
Oh IT’S THE SAME SMILE
Yeah IT’S THE SAME BUT…
IT’S NOT QUITE RIGHT
Oh IT’S INSANE
SHE SHAKES LIKE A FREAK
STUCK IN THE MIDDLE OF THE ROOM
FOR A WEEK
LOOKS LIKE THE ONLY WAY TO GET ON THE BEAT
IS TAKE HER UP ON HOW TO SWING
BUT I AM MISSING MY FEET
AND IT’S THE SAME SWAY
Yeah IT’S THE SAME SLIDE
IT’S THE SAME SWISH
Oh IT’S THE SAME SMILE
Yeah IT’S THE SAME BUT…
IT’S NOT QUITE RIGHT
I’M IN A STEP
…OUT!
SHE’S TWO MORE STEPS
…DOWN!
FOR THREE STEPS UP
…CLAP!
AND GO AROUND
…OW!
IT MAKES MY HEAD BUZZ
SHE WANTS TO COME NOW
I TRY TO STOP
ALWAYS INFRADIG
HER FINISHING MOVE
UP AND DOWN IN BLACK
SOFT SHINY AND SMOOTH
LOOKS LIKE THE ALIEN CROWD GOT GROOVE
SHE CUTS A NUMBER OUT MY ARM
BUT I CAN NEVER GET THROUGH
TO PLAY THIS GAME
SHES TRYING TO LOSE
THE STUFF FROM MARS
MAKES IT HARDER TO CHOOSE
LOOKS LIKE THE FINAL FRONTIER GOT MOVED
SHE BLURS A WAY ACROSS THE FLOOR
I SPIN TO SWALLOW THE VIEW
AND IT’S THE SAME SWAY
Yeah IT’S THE SAME SLIDE
IT’S THE SAME STRIP
Oh IT’S THE SAME SMILE
Yeah IT’S THE SAME BUT
IT’S NOT QUITE RIGHT…
I CAN’T BELIEVE IT
I MUST BE DREAMING
SHE TURNS THE LIGHTS UP
SAYS SHE IS LEAVING
THIS IS A FREAKSHOW
AND I AM BEATEN…
SHE SPINS THE WORLD ROUND
I HAVE TO STOP
Palavras para quê?
E aqui a música que eu filmei, quando ela voltou ao palco, depois de já ter encerrado o concerto. Ela disse antes de começar a cantar "Sinceramente, não sei o que estou fazendo aqui." E nem precisava saber. Ouví-la cantar "Meu Mundo e Nada Mais", de Guilherme Arantes, já soube muito bem!
Eu sou o que eu sou!
Hoje assisti uma entrevista onde ela diz algo que me encheu mais de respeito por ela. Não pela novidade, mas pela força e legitimidade que foi dito: "Eu sou o que sou. Não posso ser o que eles querem. Eu sou o que sou!"