quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Liberdade de se Mascarar


Tenho uma confissão a fazer. Eu adoro aqueles filmezinhos que são feitos para que, ao assistí-los, a gente não queime nenhum neurônio. Nem precisamos pensar qual a razão de cada fala ou de cada imagem. Nestes filmes as coisas são como são e pronto.

Estes dias eu vi um filme destes, com a Drew Barrimore, chamado "NEVER BEEN KISSED". O filme na verdade é bem idiotinha, mas como disse, estes tipos de filmes tem algo que me atraem. A história é sobre uma repórter alienada, mas extremamente romântica, que se vê obrigada a voltar para a escola, fingindo ser adolescente novamente. Claro que os traumas que ela teve na escola voltam todos. Ela volta a ser da turma dos nerds e tão trapalhona quanto antes. Mas depois ela consegue transpor a barreira e ser aceite pelos populares da escola e tornar-se, ela mesma, popular.

Mas houve uma cena do filme que quebrou a regra. Ou seja, fez-me pensar. Em certo ponto do filme o professor de literatura menciona sheakspeare:
"All the world´s a stage, and all the men and women,
merely players."


Does anyone know what Shakespeare meant by that? Anyone?

It´s about disguise. About playing a part. And that´s
the theme of "As You Like It."


Now, does anyone know where we can see this?

Well, Rosalind disguises herself as a man,...and then
she escapes into the forest.


Right. And it´s when she´s in costume...
that she can finally express her love for Orlando.

See, the point Shakespeare is trying to make is that
when we´re in disguise, we feel freer.

We do things we wouldn´t do in ordinary life.

Resumindo, Shakespeare diz que o mundo é um palco, e que todos os homens e mulheres são meramente actores. Ele tenta dizer que quando estamos a nos disfarçar, quando fingimos ser outra pessoa, sentimo-nos mais livres. Fazemos coisas que não faríamos normalmente.

E eu assino embaixo. Isso acontece quando estamos com grupos de amigos diferentes, no trabalho, quando viajamos, até quando estamos num relacionamento. Vivemos diversas vidas numa mesma. Algumas únicas, outras repetidas, mas totalmente distintas. E, mesmo assim, somos nós mesmos, só que de maneiras diversas.

Somos muitos nós mesmos!

Nenhum comentário: