Super-herói que se preze tem duas personalidades, a super e a mortal. Super-homem, Batman, Mulher Maravilha, Homem-Aranha...todos eles tem de esconder que são super-heróis. Embora a outra identidade deles seja de uma pessoa normal, mesmo assim eles tem de abdicar de uma vida chamada normal. Não podem ter relações duradouras e, consequentemente, não podem se dar ao luxo de terem filhos. A genealogia deles termina ali. Nunca existirá um Bernardo, filho do Batman, ou a Maria, filha do Homem-Aranha. A vida normal deles é deplorável, pois não se permitem intimidade com ninguém e nem confidências. Quem é amigo deles ou corre risco de vida ou morre (ou deixa a série, mas isso é outra conversa...).
Por sua vez a faceta super-herói não é muito diferente da faceta humana. Também não podem aventurar-se em relacionamentos ou amizades. Já pensaram marcar um jantar com o Super-Homem na vossa casa e pedirem para ele trazer as cervejas? Fora o fato de ele não poder ir embora voando embriagado, seria muito difícil não cair na tentação de pedir para ele cozinhar a carne com a sua visão ou levar-nos todos, já que ele é o único que voa, para uma noite de copos em Nova Iorque. "Vá lá, Superman, é num instante e já voltamos! Preciso ir comprar umas Levi's. Eh, grande amigo!" E o Batman? Por causa daquela máscara dele a gente nunca saberia se ele gostou ou não da comida, se ele está feliz com a companhia ou se ele não está frustrado por ter sido convidado para uma "White Party". E a mulher maravilha gente? Sem falar no preconceito que ela sofreria por causa daquela roupa a copiar a bandeira norte americana, que anda super "out" atualmente, ela sempre iria se sentir a mais peladona do pedaço. Com certeza ela seria a que faria mais sucesso, mas o chicote na cintura já diminuiria consideravelmente o leque de potenciais pretendentes para ela. Vai que ela invente de usar o chicote na cama? Não dá. Realmente, ser super-herói é fogo!
Mas pensando bem, quantos de nós, mesmo sem ser super-heróis, e nem tampouco heróis, já temos de esconder a nossa identidade para não sofrer consequências ou represálias? É um esforço super humano, já agora. É o gay que tem de se passar por hetero, a filha de família que tem de ser a vida toda santa e virgem, são os pais que não podem demonstrar suas fraquezas e imperfeições aos filhos, o marido ou a esposa que amam a outro e não o podem assumir, o drogado que esconde o seu vício, o colega de trabalho que esconde que vive num bairro social, a mulher que não fala que apanha em casa, enfim, uma lista infindável de pessoas que tem de esconder sua identidade dos outros, seja ela a verdadeira ou a falsa. Ou ambas verdadeiras ou falsas. Realmente, ser somente humano já é difícil. Imagina se tivéssemos de ser super-heróis!
Mas agora, pensando seriamente em tudo que disse, só posso chegar a uma única conclusão. Super-heróis são aqueles que assumem perante si e perante os outros todas as suas identidades, sem vergonha, sem medo, sem preconceito. Este tipo de super-herói até existe, e cabe a nós fazer jus a tamanha coragem.
Por sua vez a faceta super-herói não é muito diferente da faceta humana. Também não podem aventurar-se em relacionamentos ou amizades. Já pensaram marcar um jantar com o Super-Homem na vossa casa e pedirem para ele trazer as cervejas? Fora o fato de ele não poder ir embora voando embriagado, seria muito difícil não cair na tentação de pedir para ele cozinhar a carne com a sua visão ou levar-nos todos, já que ele é o único que voa, para uma noite de copos em Nova Iorque. "Vá lá, Superman, é num instante e já voltamos! Preciso ir comprar umas Levi's. Eh, grande amigo!" E o Batman? Por causa daquela máscara dele a gente nunca saberia se ele gostou ou não da comida, se ele está feliz com a companhia ou se ele não está frustrado por ter sido convidado para uma "White Party". E a mulher maravilha gente? Sem falar no preconceito que ela sofreria por causa daquela roupa a copiar a bandeira norte americana, que anda super "out" atualmente, ela sempre iria se sentir a mais peladona do pedaço. Com certeza ela seria a que faria mais sucesso, mas o chicote na cintura já diminuiria consideravelmente o leque de potenciais pretendentes para ela. Vai que ela invente de usar o chicote na cama? Não dá. Realmente, ser super-herói é fogo!
Mas pensando bem, quantos de nós, mesmo sem ser super-heróis, e nem tampouco heróis, já temos de esconder a nossa identidade para não sofrer consequências ou represálias? É um esforço super humano, já agora. É o gay que tem de se passar por hetero, a filha de família que tem de ser a vida toda santa e virgem, são os pais que não podem demonstrar suas fraquezas e imperfeições aos filhos, o marido ou a esposa que amam a outro e não o podem assumir, o drogado que esconde o seu vício, o colega de trabalho que esconde que vive num bairro social, a mulher que não fala que apanha em casa, enfim, uma lista infindável de pessoas que tem de esconder sua identidade dos outros, seja ela a verdadeira ou a falsa. Ou ambas verdadeiras ou falsas. Realmente, ser somente humano já é difícil. Imagina se tivéssemos de ser super-heróis!
Mas agora, pensando seriamente em tudo que disse, só posso chegar a uma única conclusão. Super-heróis são aqueles que assumem perante si e perante os outros todas as suas identidades, sem vergonha, sem medo, sem preconceito. Este tipo de super-herói até existe, e cabe a nós fazer jus a tamanha coragem.
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