sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Saudade à Porter



Quando conhecemos uma pessoa, involuntariamente ela nos entrega uma pequena e invisível semente que no futuro, se tudo correr bem, crescerá e tomará a forma de uma planta chamada saudade. Isso acontecendo, já não há mais volta a dar, felizmente.
Essa planta chamada saudade é o que faz com que carreguemos connosco uma cópia quase fiel da pessoa original. Algumas vezes a retocamos, adulteramos, mas isso não chega a ser grave.
Quando reencontramos essa pessoa, é quase uma confirmação para saber se a nossa planta está actualizada. É isso que vou fazer ao Brasil de vez em quando. É isso que farei quando voltar à Europa.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Meu primeiro Desfile verdadeiro



Ontem eu assistí ao meu primeiro desfile de moda. Foi um desfile em prol da APAV. Tudo muito giro. O coquetel de entrada estava óptimo e cheio de coisas boas para comer e bebericar. Felizmente o evento atrasou um pouco a começar, assim tivemos mais tempo para convívio e comilança. A sala do desfile estava profissionalíssima! Muitos fotógrafos, canais de televisão, a passarela, pessoas bonitas na platéia, festa estranha com gente esquisita... Quando começa o desfile, aquela emoção. Senti-me a própria Heidi Klum, do Project Runway. Poderia ter citado o outro, que é mais "adequado", mas não lembro o nome dele! De qualquer maneira, a Heide Klum é mais gira. E ela é a única que tem deixa no programa: "One day you are IN, the other you are OUT". Voltando ao desfile, as roupas masculinas eram muito giras (sou suspeito) e as femininas também (também sou suspeito). E a música estava boa. Ou seja, valeu! Ir a desfiles de moda é, definitivamente, um programa de lazer válido!

A Fútil e o Inútil


Estava a conversar com uma amiga minha sobre viagens no tempo. Disse à ela que era um pensamento recorrente que eu tenho, quando não tenho nada mais importante para pensa (essa é boa!). Imagino-me viajando no tempo até o Egipto antigo, ou à Grécia, ou Roma, ou Londres Medieval, ou à pré-história. Normalmente fico frustradíssimo com estas minhas pseudo-incursões no passado. Isto porque é de se esperar que alguém que venha do futuro tenha profundos conhecimentos em tudo que foi inventado, que poderia trazer ao passado vários inventos que já são utilizados no futuro. Pois bem. Eu, o inútil, não poderia inventar nada. Por que simplesmente não sei. Eletricidade, luz, telefonia, penicilina, rádio... nada! Nem um chuveiro sequer. Nem um autoclismo! Cheguei a conclusão que só poderia inventar a mini-saia, o biquíni, a sunga, o top-less, óculos de mergulho e coisas assim...inúteis. Já a minha amiga nem sequer queria saber de viajar no tempo. Ela heín? Viver sem sabonete, papel higiénico, creme hidratante, shopping centers..nem pensar! Super fútil.
Não, o passado definitivamente não precisa de nós.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Yes You Can

Quero acreditar no início de uma nova era. Acreditar que um homem, um único homem, pode ser esperança para milhões de pessoas por todo o planeta. Quero poder ver todas as culturas e religiões neste homem, e vê-lo respeitar as diferenças deste mundo. Quero ver o milagre da uma jornada, de séculos de história, na cor de sua pele. Quero que chegue o início, e que seja bom.
Quero acreditar que este homem será a esperança para aqueles que ele não conduzirá.
Quero acreditar que eu esteja errado em tudo que eu não consigo acreditar, e que me seja provado o contrário. Quero estar certo e errado para o mesmo objectivo. Não importa. Perdendo ou ganhando, agora é a hora de todos começarem a corrida.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

In Bruges



Hoje fui ver "In Bruges". Fui vê-lo porque, desde que ouvi falar dele, o facto de ter sido rodado em Bruges me pareceu uma boa razão para fazê-lo. Bruges, como diz o filme, é uma cidade que parece um conto de fadas, literalmente. Além de Bruges, o filme tem Colin Farrel, outra boa razão para assistí-lo. E francamente, ele está fantástico! Agora sobre o filme. Bem, o filme...parece um livro. Estranho, mas é isso que me vem à cabeça. O filme dá-nos tempo de digerir cada cena, cada diálogo. Aliás, os diálogos do filme são brilhantes. Inteligente, irônico, bem-humorado, inesperado. É assim cada diálogo. A história não é nada de especial, mas é uma boa história. E o filme surpreende desde muito cedo,tantas as reviravoltas que tem, deixando-nos muitas vezes sem reacção, ou sem sabermos como reagir.

Um filme para ser bom não tem de ser maravilhoso. Mas este é maravilhoso só por ser bom.

By the way, o filme no Brasil chama-se "Na Mira do Chefe". (Mal, muito mal!)