quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Saudades da Conchichina


Sempre que chega o verão e, consequentemente, mais tempo livre, a primeira coisa que nós, blogueiros, pensamos é que poderemos postar muitos e muitos textos, de todas as cores e texturas, de todas os pontos de vista - nossos, é claro - e de todos os lugares em que estivermos. Afinal, onde não há internet?
Agora vocês estão a espera que eu diga que eu fui para um lugar deserto, inacessível, sem internet e sem computador e por isso que não tenho actualizado o blog. Não, não fui para Conchichina e nem nada que se pareça.

É verão, o tempo tem estado fantástico, mas falta a Conchichina.

As minhas idéias são lentas, são lesmas, e demoram a tomar uma forma inteligível. Confesso que nem eu me entendo em um pensamento recém nascido. Tudo em meu pensamento precisa de maturação, de envelhecimento, de raízes. Caso contrário literalmente voam. Os meus pensamentos frescos são uma mistura de vários, que, se eu tivesse tempo considerável para acarinhá-los, exactamente como faziam os antigos filósofos gregos, eu não seria um blogueiro de meia-tigela, mas sim um filósofo.

Se a Conchichina é como eu penso, ao fim de alguns dias eu seria obrigado a dar uso a minha imaginação, e dentro em pouco eu teria o tomos I, II e III da minhas deambulações. Mas eu desconfio que nem a Conchichina é mais o que era.

Minha mente no verão é perigosa. Tenho pensado muito na lua, no céu, tenho tido aqueles pensamentos de criança de 10 anos de idade, do tipo: Qual o meu papel nisso tudo? Até onde vai o universo? Deus existe? Por que precisamos de Deus? E se estivermos a entender tudo errado? Juro que é isso.

Exactamente como disse antes. Tempo livre e minha cabecinha não funcionam muito bem no verão e, por isso, não escrevo.

Mas tudo pode mudar...

2 comentários:

Antônio & Jéssica disse...

Adoro sua escrita..e comigo é sempre que viajo nessas perguntas. rs.


Gostaria de trocar mais palavras com o senhor:
antonio_tontas@hotmail.com

Obrigado. *-*

Lutci disse...

Pois põe cá para fora esses pensamentos. Descreve da melhor forma que souberes.

Afinal o blogue serve para que possas deambular sem restrições, certo?